Miguel Setas renunciou ao cargo de administrador executivo da EDP, ao fim de quase oito anos na comissão executiva da elétrica. A renúncia foi comunicada esta segunda-feira e nas propostas a apresentar à assembleia-geral de 12 abril surge já o nome proposto para o substituir. Pedro Vasconcelos é membro da equipa de gestão da EDP Renováveis, tendo sido indicado para acompanhar a região de Ásia Pacífico na sequência da compra da empresa Sunseap de Singapura.

Miguel Setas chegou à comissão executiva da elétrica em 2015, mas estava na empresa há 18 anos, para a qual entrou quando António Mexia foi nomeado para o primeiro mandato como presidente executivo da elétrica. E com quem trabalhou na Galp. Foi também administrador da CP quando a empresa era presidida por António Ramalho.

No grupo EDP, Miguel Setas foi presidente da EDP Brasil, empresa que continuou sob sua responsabilidade enquanto membro da comissão executiva onde tinha também os negócios de redes elétricas em Portugal e Espanha. A sua saída surgiu sequência de uma proposta profissional fora do grupo EDP e que representa um regresso ao mercado brasileiro. O gestor português foi escolhido para presidir à concessionária brasileira de autoestradas, a CCR, que já teve como principal acionista a portuguesa Brisa.

Na carta em que comunica a mudança na comissão executiva aos colaboradores do grupo EDP, e a que o Observador teve acesso, Miguel Stilwell de Andrade destaca a “contribuição imensurável” que o Miguel Setas deu transversalmente a várias áreas da empresa, sublinhando o seu papel de liderança no processo de transformação do grupo EDP.

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