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Uma noite em ponto morto que só acelerou quando Galeno pôs a quinta (a crónica do Famalicão-FC Porto)

Este artigo tem mais de 1 ano

O jogo teve pouco, nenhuma das equipas teve muito e tudo ficou resolvido com uma arrancada de Galeno, que só entrou ao intervalo. FC Porto venceu Famalicão e está em vantagem nas meias da Taça (1-2).

Toni Martínez fez o golo da vitória dos dragões já durante a segunda parte
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Toni Martínez fez o golo da vitória dos dragões já durante a segunda parte

Miguel Pereira

Toni Martínez fez o golo da vitória dos dragões já durante a segunda parte

Miguel Pereira

Uma pausa no sonho relançado para dar gás ao óbvio objetivo. Numa altura em que o Campeonato voltou a estar em aberto na sequência da vitória na Luz e dos tropeções do Benfica, o FC Porto interrompia os esforços da Liga para se dedicar a uma Taça de Portugal que queria revalidar. E vencer o Famalicão, na primeira mão da meia-final desta quarta-feira, era o primeiro passo rumo a uma final do Jamor onde já estava o Sp. Braga.

Os dragões visitavam os famalicenses após quatro vitórias consecutivas para a Primeira Liga e procuravam derrotar uma equipa que atravessava o melhor momento da temporada, com três triunfos seguidos e cinco nos seis jogos anteriores. Algo que deixava Sérgio Conceição naturalmente receoso — até porque um desaire na Taça poderia ser um obstáculo motivacional para as pretensões no Campeonato.

Ficha de jogo

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Famalicão-FC Porto, 1-2

Meias-finais da Taça de Portugal

Estádio Municipal 22 de junho, em Famalicão

Árbitro: Gustavo Correia (AF Porto)

Famalicão: Luiz Júnior, Penetra, Riccieli, Mihaj (Otávio, 85′), Francisco Moura, Colombatto (Gustavo Sá, 79′), Zaydou, Ivo Rodrigues, Dobre (Pablo, 79′), Cádiz, Iván Jaime (Denilson Júnior, 85′)

Suplentes não utilizados: Zlobin, Rúben Lima, Sanca, Gustavo Assunção, Martin

Treinador: João Pedro Sousa

FC Porto: Cláudio Ramos, Wilson Manafá (Evanilson, 74′), Pepe, Marcano, Wendell, Otávio (André Franco, 85′), Stephen Eustáquio, Grujic (Uribe, 45′), Pepê, Danny Loader (Galeno, 45′), Toni Martínez (Taremi, 74′)

Suplentes não utilizados: Diogo Costa, Fábio Cardoso, Zaidu, Rodrigo Conceição

Treinador: Sérgio Conceição

Golos: Marcano (16′), Penetra (36′), Toni Martínez (63′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Grujic (31′), a Otávio (44′), a Francisco Moura (45+1′), a Pablo (81′), a Otávio (90+1′)

“Esta eliminatória não tem de dar mais motivação nem tem de atrapalhar. É o que é. Temos uma meia-final para jogar, queremos muito estar presentes na final da Taça. É esse o nosso objetivo, preparar o jogo como se fosse o último da época, fazer um bom resultado e saber que há uma segunda mão em casa. Mas nunca gerindo ou criando facilitismo para o jogo de amanhã. Vamos ter muitas dificuldades. Vamos jogar contra uma equipa que está muito bem trabalhada, com jogadores muito interessantes. É um jogo de uma meia-final e não queremos desvalorizar nenhuma competição. O Campeonato é o principal objetivo, sem dúvida alguma. O segundo objetivo nas provas internas é a Taça de Portugal e nós queremos muito estar na final”, explicou o treinador do FC Porto na antevisão da partida.

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Assim, com o expectável Cláudio Ramos na baliza e ainda sem o lesionado João Mário, Sérgio Conceição mantinha a defesa habitual e não abdicava de Manafá, Pepe, Marcano e Wendell. Eustáquio e Grujic eram titulares no meio-campo, com Galeno e Uribe a começarem no banco, e Danny Loader e Toni Martínez formavam a dupla ofensiva em detrimento de Taremi e Evanilson. Do outro lado, João Pedro Sousa não fazia poupanças e tinha Ivo Rodrigues, Iván Jaime e Dobre no apoio mais direito a Cádiz.

O FC Porto começou melhor, com Toni Martínez a ameaçar o golo ainda nos 10 minutos iniciais com um cabeceamento que Luiz Júnior encaixou (8′). Os dragões assumiam o natural ascendente e jogavam praticamente por inteiro no meio-campo adversário, demonstrando uma positiva reação à perda da bola que não permitia grandes aventuras ao Famalicão. A equipa de João Pedro Sousa atacava essencialmente em transição rápida, procurando a profundidade nas costas da defesa dos dragões, mas estava a sair algo prejudicada de uma noite pouco inspirada do habitualmente influente Iván Jaime.

A equipa de Sérgio Conceição fez algum forcing a partir do quarto de hora inicial, com duas oportunidades consecutivas em que Toni Martínez atirou por cima (12′) e Otávio rematou para uma boa defesa de Luiz Júnior (12′), e acabou por conseguir quebrar a muralha do Famalicão. Numa espécie de pontapé de canto mais curto, num livre à direita muito perto da linha lateral, o guarda-redes famalicense saiu mal e permitiu que Marcano aparecesse quase sozinho a cabecear ao segundo poste para a baliza deserta (16′).

O Famalicão respondeu quase de imediato, com um cabeceamento de Riccieli que Cláudio Ramos afastou (18′), um livre direto de Iván Jaime (22′) e um pontapé cruzado de Cádiz que passou ao lado (24′), e o FC Porto acabou por baixar às linhas nos instantes seguintes ao golo de Marcano. A equipa de João Pedro Sousa aproveitou, foi subindo os setores e aproximando-se do último terço adversário e conseguiu mesmo chegar ao empate: Dobre cruzou muito bem na esquerda e Penetra apareceu nas costas de Wendell a desviar de primeira para marcar (36′).

Ao intervalo na primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, Famalicão e FC Porto estavam empatados. Os dragões relaxaram depois do golo marcado, perdendo a intensidade demonstrada até ao cabeceamento de Marcano, e permitiram espaço a uma equipa que sabe ter a bola e causar perigo. E esses ingredientes baralhavam as contas do acesso à final do Jamor.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Famalicão-FC Porto:]

Sérgio Conceição não esperou e decidiu mexer logo ao intervalo, trocando Grujic e Loader por Uribe e Galeno: o FC Porto passou a atuar com uma referência ofensiva clara, Toni Martínez, sendo que Otávio subia no relvado para apoiar o ataque. Do outro lado, João Pedro Sousa não fazia substituições mas também mexia no setor mais adiantado, com Ivo Rodrigues a passar do corredor direito para o esquerdo.

O encontro voltou do intervalo com menos intensidade e qualidade, prolongando-se os duelos na zona do meio-campo e escasseando as aproximações às balizas. O golo acabou por surgir já depois de estar cumprida uma hora de jogo e através de um lance algo isolado, sem que nenhuma das equipas tivesse propriamente demonstrado uma enorme superioridade, apesar do ascendente natural do FC Porto: Galeno desequilibrou na esquerda e descobriu espaço onde parecia não existir, cruzou atrasado e Toni Martínez apareceu ao primeiro poste a antecipar-se para recuperar a vantagem dos dragões (63′).

Sérgio Conceição voltou a mexer a 20 minutos do fim e recuperou o 4x4x2, lançando Evanilson e Taremi para tirar Manafá e Toni Martínez e recuar Pepê para a direita da defesa, e João Pedro Sousa respondeu com as entradas de Pablo e Gustavo Sá. O jogo foi-se arrastando sem grandes oportunidades ou ocasiões de perigo, assim como tinha acontecido ao longo de toda a segunda parte, e o grande destaque da ponta final da partida foi mesmo a saída de Otávio em dificuldades físicas após um lance em que se magoou sozinho.

No fim, o FC Porto venceu o Famalicão e colocou-se em vantagem na eliminatória das meias-finais da Taça de Portugal, com a segunda mão a disputar-se já na próxima semana no Dragão. Num dia onde nenhuma das equipas esteve particularmente inspirada e onde o ritmo pareceu estar sempre em ponto morto, Galeno fez a diferença no lance em que pôs a quinta e abriu a porta ao triunfo dos dragões.

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