O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia reafirmou esta segunda-feira a “total ausência” de envolvimento pessoal no âmbito da Operação Babel que levou à detenção e colocação em prisão preventiva do vice-presidente, Patrocínio Azevedo.

“Acho que tenho a obrigação, mas também o direito de reafirmar a minha total ausência de envolvimento pessoal em quaisquer atos ilícitos em processos urbanísticos ou outros, tendo sempre pautado a minha atuação pelo escrupuloso respeito pelas regras da lei e da ética”, afirmou Eduardo Vítor Rodrigues numa declaração lida no início da reunião pública do executivo municipal.

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O autarca sublinhou pautar a sua atividade municipal de todos os pelouros com a vigilância, envolvimento e confiança no desempenho de todos os colegas.

O presidente da Câmara de Gaia revelou ainda ter ordenado a realização imediata de uma auditoria a todos os processos “envoltos em suspeições” no âmbito da Operação Babel que levou à detenção e colocação em prisão preventiva do vice-presidente.

“Face à gravidade das questões suscitadas pelo inquérito, ordenei a realização imediata de uma auditoria a todos os processos envoltos em suspeições, a realizar pelos serviços municipais e com o apoio da Professora Doutora Fernanda Paula Oliveira, evoluindo essa auditoria de forma mais alargada aos demais processos”, afirmou Eduardo Vítor Rodrigues numa declaração lida no início da reunião pública do executivo municipal.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Patrocínio Azevedo, ficou em prisão preventiva no âmbito da investigação da Operação Babel, anunciou na sexta-feira o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.

Este processo principal da Operação Babel centra-se “na viciação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanístico em favor de promotores associados a projetos de elevada densidade e magnitude, estando em causa interesses imobiliários na ordem dos 300 milhões de euros, mediante a oferta e aceitação de contrapartidas de cariz pecuniário”.

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Na Operação Babel estão em causa crimes de recebimento ou oferta indevidos de vantagem, de corrupção ativa e passiva, de prevaricação e de abuso de poder, praticados por e sobre funcionário ou titular de cargo político.