O Padrão dos Descobrimentos não é um monumento nacional, nem mesmo de interesse público, uma lacuna detetada em 2021 e que poderá agora vir a ser corrigida. Segundo avançou o Diário de Notícias, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) abriu um processo para avançar com a classificação da estrutura e da Rosa-dos Ventos inscrita na calçada.

Até agora o Padrão dos Descobrimentos só detinha uma proteção especial que lhe era conferida pelo facto de estar localizado na zona de proteção especial dos Jerónimos e do Museu de Arte Urbana. A abertura do processo do DGPC, que de acordo com o DN contou com o parecer favorável da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico (SPAA), é um primeiro passo para que venha a ser classificado como monumento nacional ou de interesse público.

Construído pela primeira vez em 1940 em gesso e argamassa, como parte do cenário da Exposição do Mundo Português, o Padrão dos Descobrimentos voltou a ser erguido em pedra e betão vinte anos depois, no contexto da comemoração dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique.

De acordo com um documento da SPAA a que o DN teve acesso, a organização tem em conta a controvérsia em volta do Padrão dos Descobrimentos por se tratar de uma construção do período do Estado Novo. “Conhecer a História sem a apagar e saber interpretar as suas evidências em liberdade será sempre a melhor forma de rechaçar os tempos aziagos, pela salvaguarda da humanidade e da riquíssima diversidade do seu processo cultural”, refere a mesma nota.

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