A Alsa Todi, operadora da área 4 da Carris Metropolitana nos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, defende um reforço das faixas bus para melhorar a eficácia do transporte rodoviário para Lisboa.

“O nosso principal problema está relacionado com o acesso diário das nossas linhas a Lisboa. O reforço das faixas bus [exclusivas de transportes públicos] será uma medida importante para facilitar a concretização dos horários“, disse esta quinta-feira à agência Lusa fonte da empresa.

“O uso indevido por parte de automobilistas destas faixas também não facilita o nosso trabalho. Diariamente são feitas discussões no sentido de melhorar a operação, um trabalho que conta com a colaboração ativa dos nossos motoristas, verdadeiros provedores dos nossos utentes”, acrescenta a Alsa Todi, em resposta a perguntas da agência Lusa sobre o primeiro ano de atividade da empresa na região.

A Alsa Todi, que no passado mês de junho cumpriu o primeiro ano de operação concessionada pela Carris Metropolitana na Península de Setúbal, faz um balanço positivo do trabalho desenvolvido e lembra que foi a primeira a assumir a operação na margem Sul do rio Tejo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A empresa salienta ainda que, para iniciar a atividade, teve de adquirir “240 autocarros de última geração” e contratar “mais de meia centena de motoristas”, muitos dos quais em Cabo Verde, devido à escassez de profissionais em Portugal.

Alsa Todi contratou 61 motoristas em Cabo Verde para garantir serviço na Península de Setúbal

Ao longo deste primeiro ano, a Alsa Todi teve também de dar resposta à introdução de novas linhas rodoviárias, nos termos do contrato de concessão, bem como ajustar percursos e carreiras em função dos pedidos dos municípios, mas a empresa garante que tem vindo a dar reposta a todas as solicitações.

Carris Metropolitana reforça oferta na margem sul do Tejo e muda ligações a Lisboa

“As dificuldades iniciais, pelo facto de a Alsa Todi ter sido a primeira a arrancar com a operação, foram resolvidas e ultrapassadas, conforme é reconhecido publicamente pelos nossos utentes e entidades públicas”, refere a empresa, assegurando que além da contratação de motoristas foi dando resposta aos ajustes que lhe foram sendo solicitados.

No que respeita ao número de passageiros — cerca de 57 mil passageiros por dia útil, segundo dados da entidade gestora Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) — , a Alsa Todi diz que “a operação está a decorrer conforme o previsto” e que está a ser “um “sucesso, graças à colaboração dos profissionais da empresa, dos responsáveis da TML, autarcas e acima de tudo dos utentes”.

A agência Lusa tentou ouvir também a empresa Transportes Sul do Tejo (TST), que também iniciou a atividade há cerca de um ano na área 3 da Carris Metropolitana, nos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, mas tal não foi possível.