Foi a 15 de setembro de 2019, que Alicia Navarro desapareceu de casa, em Glendale, no Arizona. Para trás, deixou uma nota: “Fugi. Voltarei, juro. Sinto muito”. Esta terça-feira, apresentou-se voluntariamente numa esquadra da polícia numa pequena cidade do Montana (cujo nome não foi divulgado pelas autoridades), a mais de 1.900 quilómetros de onde vivia há quase quatro anos.

A jovem, que atualmente tem 18 anos, entrou sozinha na esquadra, identificou-se e pediu ajuda para retirar o seu nome da lista de crianças desaparecidas. Aparentava estar “segura, saudável e feliz”, afirmou, segundo a BBC, Jose Santiago, porta-voz da polícia de Glendale. As autoridades revelaram que Alicia Navarro não estava ferida, nem está metida em “qualquer tipo de problema”. Além disso, acreditam que tenha saído de casa por vontade própria.

Ainda assim, a polícia notou que este caso “está longe de ser encerrado”, uma vez que se encontra a decorrer uma investigação para apurar o paradeiro da jovem, que não terá sido mantida em cativeiro, ao longo dos últimos anos. O tenente Scott Waite, que é citado pela NBC News, revelou que o desaparecimento começou como uma fuga, mas que ainda não é claro como é que Alicia Navarro chegou a Montana.

Todas as indicações que nos deu até agora são de que deixou a sua casa deliberadamente. Agora, a dinâmica em redor dessa decisão é obviamente algo que estamos a investigar”, notou.

Jessica Nunez, mãe de Alicia Navarro, acredita que a filha, uma ávida jogadora de videojogos, foi aliciada por alguém que terá conhecido online e que lhe terá prometido “algum tipo de aventura, festa ou talvez amor”. A adolescente, que está no espectro do autismo, e a mãe tiveram um reencontro “emocionalmente avassalador”, no qual Alicia se desculpou “muito”, salientou Scott Waite.

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