Passatempos. Um clássico de sempre dos jornais, a que o Observador não podia deixar de se associar. Depois do êxito do Abrapalavra, o Wordle português, um dos mais recentes lançamentos nos puzzles de palavras, a nossa segunda aposta vai para um dos maiores sucessos nos jogos de números: o Sudoku. Tudo agregado numa nova área de jogos no site.

Os jornais nunca tiveram apenas notícias, reportagens, entrevistas, investigações ou artigos de opinião. O ‘entretenimento’ faz parte desde sempre das páginas, primeiro impressas, e agora online, dos grandes diários e semanários. E aqui incluímos desde tiras de banda desenhada, que se tornaram mundialmente famosas, aos referidos passatempos, que se tornaram parte fundamental da relação de um jornal com os seus leitores.

Um dos primeiros jogos de passatempos a surgir nos jornais foi o das palavras cruzadas. Será também dos quebra-cabeças mais antigos, já que há registos de jogos semelhantes entre os egípcios, que usavam inscrições e símbolos, e em Pompeia, destruída pela erupção do Vesúvio em 79: os romanos chamavam-lhes laterculus.

Agora já pode jogar Sudoku com o Observador. Conheça a nova página de jogos

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Em ambos os casos, o objetivo era semelhante aos das palavras cruzadas atuais. Mas estas, tal como as conhecemos, têm criador e data de criação: Arthur Wynne trabalhava na secção de entretenimento do New York World e a 21 de dezembro de 1913, como havia um espaço vago numa página, decidiu preenchê-lo com o passatempo. Foi a primeira publicação impressa de um jogo deste género. Wynne baseou-se, conta a história, num jogo de infância não muito diferente do dos romanos, acrescentando-lhe dicas para as pessoas encontrarem a palavra. Uma década depois, as palavras-cruzadas estavam em quase todos os jornais.

Também o Sudoku, jogo baseado na lógica, cujo objetivo é preencher com números de 1 a 9 cada um dos espaços vazios de um quadrado de 9×9, constituído por 3×3 quadrados menores, tem uma base histórica. Apesar de não ter data de nascimento exata, as primeiras publicações tiveram lugar no final dos anos 70 nos EUA, na revista Math Puzzles and Logic, por proposta de Howard Garns, um arquiteto de 74 anos reformado.

Garns ter-se-á inspirado num jogo do século XVIII, o quadrado latino, uma construção matemática criada pelo suíço Leonhard Euler, a que acrescentou mais quadrados à ‘grade’ que é preciso completar. Já o nome do jogo teve outro padrinho: em 1984, a Nikoli, a maior empresa japonesa de quebra-cabeças, descobriu a ‘invenção’, comprou os direitos, e transformou-o num êxito.

Quanto ao Wordle, o último sucesso nos jogos de palavras, foi desenvolvido pelo programador Josh Wardle. Neste caso, os jogadores tentam adivinhar uma palavra de cinco letras em seis tentativas. Wardle terá inicialmente criado o jogo para ele e um amigo jogarem, tornando-o depois público em outubro de 2021. O jogo foi comprado pelo New York Times em janeiro de 2022 e as réplicas multiplicaram-se, como é o caso do Abrapalavra do Observador.

Não foi o único lançamento do Observador. Em maio de 2023 tivemos também o Costa Strike. Agora lançamos uma nova área no nosso site que vai agregar todas estas iniciativas e à qual chamámos Jogos Observador.

No Sudoku do Observador, a nossa próxima aposta, há três níveis de dificuldade, para que possa ser acessível para todos. Seguir-se-ão outros passatempos, combinando tradição e inovação, para continuarmos a crescer nessa área, mantendo sempre a ligação com os leitores. Para que, além de se informarem, se possam divertir.