A agência de notação financeira Moody’s destacou esta sexta-feira as perspetivas positivas de Portugal, Chipre e Grécia, dizendo que refletem “reformas económicas, fiscais e bancárias”.

De acordo com a Moody’s, o “investimento público e privado significativo, em conjunto com reformas estruturais adicionais no contexto do Next Generation EU“, programa que inclui o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), irão “cimentar o progresso feito por todos estes três países em termos de reformas económicas e consolidação fiscal na última década”.

A agência de notação financeira estima que nestes três países haverá um impulso do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real e de potencial de crescimento devido ao PRR.

A Grécia deverá ter um aumento suplementar anual médio do PIB até 2026 de um ponto percentual (p.p.) e de 0,4 p.p. até 2030. Já Portugal deverá ter mais 0,5 p.p. até 2026 e mais 0,3 até 2030. Por fim, o Chipre deverá ter entre 0,2 e 0,3 p.p. até 2026 e um potencial de 0,1 p.p. posteriormente.

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A Moody’s assinala que o peso da dívida face ao PIB dos três países tem reduzido nos últimos dois anos, mas que estes continuam “altos face aos padrões internacionais“. Em relação a 2019, a percentagem da dívida face ao PIB recuou nove p.p. no caso grego, quatro p.p. no cipriota e três p.p. no português.

Em comparação, o agregado do peso da dívida na Zona Euro foi sete p.p. superior ao nível pré-pandémico em 2022“, refere a agência, que acrescenta que os três países integram “um número muito pequeno de economias avançadas” que em 2024 deverão ter esta relação abaixo do que tinham em 2019.

Entre os principais riscos para o futuro, a Moody’s sublinhou o envelhecimento das populações e a exposição aos riscos climáticos, nomeadamente devido ao “aumento da frequência e da gravidade das ondas de calor“, mas também devido à exposição à subida do nível do mar.

Já o fluxo migratório deve garantir que nos próximos anos haja um aumento da população global em Portugal, “e uma população trabalhadora relativamente inalterada, atrasando o impacto de uma redução dos cidadãos portugueses”.