Custou, mas chegou: ao fim de oito jogos ao longo do tempo, o Sporting conseguiu finalmente ganhar na Áustria depois de ter somado cinco derrotas e dois empates nos anos anteriores. Os leões venceram o Sturm Graz na jornada inaugural da Liga Europa, entrando da melhor maneira na competição europeia e colocando-se na liderança do grupo em conjunto com a Atalanta, que derrotou o Raków Częstochowa.

Diomande, o herói improvável que ficou sem golo (a crónica do Sturm Graz-Sporting)

Com esta vitória, Rúben Amorim alcançou desde já o melhor arranque de temporada desde que chegou a Alvalade, com cinco triunfos e apenas um empate. Os leões levam uma média de dois golos por jogo, sendo que já marcaram 12 em seis partidas disputadas, e Gyökeres igualou Paulinho enquanto melhor marcador da equipa em todas as competições. O avançado sueco voltou a marcar depois de já ter feito um golo ao Moreirense, no fim de semana, e juntou-se à lista de marcadores na estreia nas competições europeias pela mão do treinador leonino.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Depois do jogo, na zona de entrevistas rápidas, Gyökeres explicou que a equipa sabia que o jogo “ia ser duro”. “Eles têm muita energia e correm muito durante o jogo. Precisávamos de fazer o mesmo, com alguma fisicalidade. Foi duro sofrer o golo na segunda parte, mas continuámos, fomos pacientes no nosso jogo. Não fomos excelentes durante todo o jogo, mas acreditámos que conseguíamos marcar e fizemos dois golos. Foi merecido, foi uma boa vitória”, atirou o avançado sueco.

“Foi uma boa sensação marcar. Não tive muitas oportunidades hoje, mas foi bom marcar. Foi importante chegar à igualdade. É bom ter impacto, mas o mais importante é que ganhámos os jogos quase todos. Começámos bem, enquanto equipa, e precisamos de continuar assim. Precisamos de estar focados no jogo de segunda-feira (contra o Rio Ave). Se fico cansado de correr tanto? Claro que fico cansado, às vezes, mas isso é desporto. Tens de correr. A mentalidade é continuar, puxares por ti. Pensar que consegues correr mais. Sinto que foi fácil para mim hoje”, terminou.

Já Rúben Amorim, na conferência de imprensa, fez uma breve análise ao jogo. “O adversário correu muito, bloqueou todos os espaços, não tem o mesmo estilo que nós, por isso, chega à frente mais depressa. Mas controlámos o jogo, mesmo sem grandes ocasiões. Faz parte do jogo. Na segunda parte, quando reentrámos, notámos que tínhamos mais espaço e a prova disso foi que empurrámos o adversário. Sofremos golo contra a maré do jogo, mas mantivemos a calma, a forma de jogar, empurramos novamente, houve várias defesas do guarda-redes, até que chegámos aos golos. Justamente. O jogo demora o que tem de demorar. Os adversários também jogam e vamos ter mais vezes isto no Campeonato. É uma equipa boa, que veio das eliminatórias da Champions, mas controlámos bem. Nós em ataque organizado e eles em contra-ataque, o que torna mais fácil num relvado destes. Foram duas partes diferentes, mas adaptar faz parte”, explicou o treinador leonino.

Mais à frente, Amorim comentou a tarja que os adeptos leoninos levaram para a Áustria e onde pediam que o Sporting chegasse à final da Liga Europa, em Dublin. “Não vamos dar um passo maior do que a perna. É jogo a jogo, pensar no Rio Ave. Relembrar que na Liga Europa há grandes equipas, houve grandes surpresas, pode mudar tudo no grupo na próxima jornada. O que temos a fazer é ir jogo a jogo, pensar no Campeonato e depois vemos a continuação. O que era importante era ganhar, quebrámos o enguiço e mostrámos que qualquer um pode ir para o banco ou ser titular e isso é importante no balneário”, terminou.