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Pedro, a chave do Pote de ouro no fim do arco-íris (a crónica do Farense-Sporting)

Este artigo tem mais de 6 meses

Gyökeres bisou, Paulinho continua a ser importante, Morita é o pêndulo: mas o caminho do Sporting rumo ao título está nas mãos de Pote, que marcou na vitória dos leões contra o Farense (2-3).

O avançado português marcou o segundo golo dos leões, ainda na primeira parte
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O avançado português marcou o segundo golo dos leões, ainda na primeira parte

EPA

O avançado português marcou o segundo golo dos leões, ainda na primeira parte

EPA

Quando venceu o Rio Ave em Alvalade, na semana passada, o Sporting sabia que tinha acabado de comprar um seguro de vida: acontecesse o que acontecesse na Luz, no Clássico de sexta-feira entre Benfica e FC Porto, os leões seriam os principais beneficiados. No fim, os encarnados derrotaram os dragões e a equipa de Rúben Amorim entrava em campo 24 horas depois, em Faro, com a certeza de que o triunfo significava o salto para a liderança isolada da Liga.

Para isso, porém, era preciso fazer o mais importante — ganhar. O Sporting defrontava um Farense com quem não jogou nas últimas duas temporadas, já que os algarvios estiveram na Segunda Liga, mas que em 2020/21 não permitiu mais do que duas vitórias pela margem mínima à equipa que acabou por ser campeã nacional. Talvez por isso, na deslocação ao mítico São Luís, Rúben Amorim gostasse de manter as devidas cautelas.

Ficha de jogo

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Farense-Sporting, 2-3

7.ª jornada da Primeira Liga

Estádio de São Luís, em Faro

Árbitro: Luís Godinho (AF Évora)

Farense: Ricardo Velho, Talocha, Artur Jorge, Gonçalo Silva, Pastor, Fabrício Isidoro (Igor Rossi, 61′), Claudio Falcão, Mattheus Oliveira, Marco Matias (Zach Muscat, 83′), Bachir Belloumi (Rui Costa, 77′), Bruno Duarte (Zé Luís, 61′)

Suplentes não utilizados: Luiz Felipe, Facundo Cáseres, Elves Baldé, Rafael Barbosa, André Seruca

Treinador: José Mota

Sporting: Adán, Diomande, Coates (Matheus Reis, 12′), Gonçalo Inácio, Ricardo Esgaio (Geny Catamo, 58′), Morita, Hjulmand (Paulinho, 45′), Nuno Santos (Daniel Bragança, 83′), Marcus Edwards, Gyökeres, Pedro Gonçalves

Suplentes não utilizados: Franco Israel, Luís Neto, Dário Essugo, Trincão, Iván Fresneda

Treinador: Rúben Amorim

Golos: Gyökeres (gp, 21′ e gp, 90′), Pedro Gonçalves (35′), Mattheus Oliveira (37′ e 55′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Hjulmand (36′), a Nuno Santos (53′), a Bachir Belloumi (58′), a Mattheus Oliveira (63′), a Daniel Bragança (84′), a Zé Luís (85′), a Gonçalo Inácio (85′), a Pedro Gonçalves (88′), a Ricardo Velho (88′), a Artur Jorge (90+3′), a Morita (90+4′); cartão vermelho direto a Gonçalo Silva (18′)

“É um jogo difícil, diferente do jogo contra o Rio Ave. É uma equipa com um treinador experiente, mais experiente do que qualquer um de nós aqui na equipa principal do Sporting. Todos os pormenores vão contar… Não podemos perder a bola, temos de ter posses muito longas. O campo é mais estreito do que o nosso e isso faz diferença. Olhámos para todos os pormenores, é uma equipa experiente que não tem nada a perder. Já venceu o Sp. Braga, é um jogo difícil, mas sabemos o que fazer. A ideia passa por não perder a bola, criar oportunidades e não sofrer golos”, explicou o treinador leonino na antevisão da partida.

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Neste contexto, no Algarve, Rúben Amorim voltava a contar com Gyökeres a 100% e lançava o avançado no onze inicial — isto depois de o sueco ter sido suplente não utilizado contra o Rio Ave, dias após ter saído do jogo da Liga Europa contra o Sturm Graz com algumas queixas físicas. Marcus Edwards mantinha a titularidade, com Paulinho a começar no banco, e Ricardo Esgaio e Nuno Santos eram os donos das alas. Do outro lado e face à derrota contra o Moreirense, há uma semana, José Mota só trocava Rui Costa por Marco Matias.

O Sporting não demorou muito a mostrar que queria resolver o jogo cedo, colocando as linhas muito subidas e construindo bem inserido no meio-campo adversário, procurando sempre a profundidade de Gyökeres e as investidas de Edwards e Pedro Gonçalves em espaços mais interiores. Esgaio teve o primeiro remate da partida, que passou por cima (2′), Edwards falhou um desvio que seria letal depois de um cruzamento do lateral direito (5′) e Pedro Gonçalves, de muito longe, atirou por cima da baliza de Ricardo Velho (6′).

O jogo teve a primeira ocorrência mais substancial ainda dentro do quarto de hora inicial, com Coates sentiu dores musculares e pediu para ser substituído, deixando a braçadeira de capitão com Adán e forçando a entrada de Matheus Reis. Pouco depois, já sem o central em campo, o Sporting conseguiu abrir o marcador: Gonçalo Silva intercetou com a mão um remate de Pedro Gonçalves na área do Farense, sendo expulso com cartão vermelho direto, e Gyökeres converteu a grande penalidade (21′).

Os leões mantiveram o controlo da partida depois da expulsão e do golo, ainda que sem grande intensidade ou claras oportunidades — Nuno Santos atirou por cima na sequência de um livre (24′) e Edwards também falhou o alvo de fora de área (25′), com a equipa de Rúben Amorim a demonstrar alguma dificuldade para penetrar pelo corredor central e a preferir explorar as alas. Foi neste período que o Farense criou a primeira ocasião de perigo junto à baliza de Adán, com Claudio Falcão a cabecear ao lado após livre cobrado por Mattheus Oliveira (30′), mas o Sporting chegou com naturalidade ao segundo golo.

Nuno Santos cobrou um canto rasteiro na direita, a defesa algarvia aliviou para a entrada da grande área e Pedro Gonçalves, quase sozinho e mais em jeito do que em força, atirou para bater Ricardo Velho (35′). Dois minutos depois, porém, o Farense mostrou que o jogo ainda não tinha acabado: na conversão de um livre à entrada da grande área, mas muito descaído na esquerda, Mattheus Oliveira surpreendeu Adán e atirou direto à baliza, reduzindo a desvantagem dos algarvios já muito perto do intervalo (37′).

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Farense-Sporting:]

Rúben Amorim fez uma substituição ao intervalo, trocando Hjulmand (que já tinha cartão amarelo) por Paulinho e recuando Pedro Gonçalves para o meio-campo. O Sporting não conseguiu ter o arranque da primeira parte, voltando a demonstrar muitas dificuldades para atacar pela faixa central e apostando essencialmente no corredor esquerdo e nos cruzamentos de Nuno Santos para a área, onde Paulinho chegou a cabecear para as mãos de Ricardo Velho (48′).

Nuno Santos ainda teve uma boa oportunidade para marcar, com um pontapé cruzado com muita força que o guarda-redes do Farense defendeu (50′), e os algarvios acabaram por conseguir chegar ao empate numa repetição do que tinha acontecido na primeira parte: livre à entrada da grande área, agora em posição frontal, e Mattheus Oliveira a atirar em jeito e quase rasteiro para bisar e voltar a marcar (55′).

Rúben Amorim reagiu ao empate com a entrada de Geny Catamo, que substituiu Esgaio, e José Mota respondeu com as entradas de Zé Luís e Igor Rossi. O Sporting continuava a apostar essencialmente nos cruzamentos para a área, com Gyökeres a passar longos períodos de tempo sem tocar na bola, e o Farense ia procurando estancar as investidas adversárias e explorar as transições rápidas. Paulinho ficou muito perto de marcar neste período, ao cabecear para defesa de Ricardo Velho depois de um cruzamento na esquerda (69′), e Pedro Gonçalves tirou tinta do poste com um remate cruzado na área (79′) — mas o resultado só ficou decidido à lei do castigo máximo.

Já muito perto do apito final, Luís Godinho considerou que Zé Luís fez falta sobre Edwards no interior da grande área do Farense e voltou a apontar para a marca de grande penalidade: na conversão, Gyökeres voltou a marcar e deu a vitória aos leões (90′). No fim, o Sporting sofreu muito mas conseguiu vencer no Algarve, subindo à liderança isolada da Primeira Liga com mais um ponto do que o Benfica — e muito graças a Pedro Gonçalves, que marcou um golo, abdicou dos dois penáltis e foi crucial tanto no setor ofensivo como no meio-campo.

 
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