O grupo Hyundai, que é mais conhecido entre nós pelos veículos que fabrica, sejam eles com motores a combustão ou com tecnologia eléctrica, é um colosso industrial. É certo que fabrica automóveis, mas está longe de se limitar a veículos de transporte. Do consórcio sul-coreano fazem igualmente parte empresas que fabricam navios enormes, como petroleiros e cargueiros, pontes e até equipamento de guerra, aqui através da Hyundai Rotem, a sua divisão de material de combate.

Na recente exibição internacional Seoul Aerospace & Defense, a Hyundai, que fabrica há muito tanques de guerra, elevou a parada ao expor um veículo de guerra de nova geração. Nada de tanques eléctricos, tecnologia que hoje utiliza profusamente nos veículos que comercializa em Portugal, mas nem por isso menos inovadores.

Segundo o fabricante, o veículo militar começa por ser revestido por uma protecção em ninho de abelha, ao nível da estrutura principal do tanque e da torre que suporta o canhão. Isto reduz a possibilidade de ser detectado pelos radares, aproximando o sinal detectado pelos radares inimigos ao de um pequeno veículo ou de uma simples carroça. Na prática, esta solução tecnológica é similar à que já é utilizada nos aviões de guerra, tipo caça, uma vez que, com as formas que adoptam e os respectivos revestimentos, também eles evitam ser detectados pelo inimigo.

Denominado Main Battle Tank, o novo veículo de combate ainda é um protótipo que tem de passar por uma barreira de testes antes de começar a ser entregue a clientes. Além das suas características stealth, tem também a curiosidade de ter a torre do canhão, bem como o resto do armamento, capaz de disparar sem intervenção humana. Pelo menos directa, uma vez que faz parte do equipamento do tanque um drone que ajuda a definir os alvos, bem como a capacidade de os seguir individualmente.

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O Main Battle Tank é apenas o próximo veículo de combate da Hyundai, uma vez que a Rotem acordou em 2022 vender 180 unidades dos tanques K2PL à Polónia. Estes veículos já começaram a ser entregues, com os últimos a chegar às mãos dos polacos em 2025.