Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal (IL), insistiu na ideia do requerimento junto da Comissão de Saúde para ouvir Nuno Rebelo de Sousa sobre o caso das gémeas luso-brasileiras.

Já no sábado, o deputado liberal Rodrigo Saraiva tinha desafiado o PS a ouvir o filho do chefe de Estado no Parlamento. Em declarações feitas em Condeixa-a-Nova, transmitidas pela CNN Portugal, o líder da IL diz que o partido vai apresentar um requerimento para ouvir Nuno Rebelo de Sousa à Comissão de Saúde.

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Lembrando o chumbo do PS aos requerimentos para ouvir Marta Temido, ex-ministra da Saúde, e Lacerda Sales, antigo secretário de Estado da Saúde, o líder liberal diz que “não há outra alternativa a não ser chamar ao Parlamento, à Comissão de Saúde, o dr. Nuno Rebelo de Sousa, que é uma pessoa que tem sido citada em vários momentos como tendo tido algum tipo de intervenção”.

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O político considera que é “importante e fundamental” dar a oportunidade a Nuno Rebelo de Sousa para “apresentar a sua versão dos factos e, por outro lado, de contribuir para a descoberta da verdade, que de alguma maneira ficaria inviabilizada com o chumbo do PS”.

Questionado pelos jornalistas no local sobre quando é que o requerimento será apresentado, Rui Rocha diz que o partido avançará “de imediato com o requerimento à Comissão de Saúde”. “Presumo que será discutido o requerimento na próxima reunião da Comissão de Saúde e espero que os próprios partidos, nomeadamente o PS, não bloqueiem esta intenção”.

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Na visão de Rui Rocha, se houver um novo bloqueio por parte do PS, o partido teria de “concluir que há intenção clara e deliberada do PS de impedir que se esclareçam os portugueses”.

“O pior que pode acontecer para a democracia é perdurar a dúvida sobre o que é que cada uma destas pessoas que tem sido citada teve de participação neste caso”, acrescentou Rui Rocha. “Persistir nesta perturbação de não sabermos, de haver dúvida e suspeitas constantes, parece-nos que é o pior dos casos.”

O presidente da IL considerou que “é preciso dizer aos portugueses se os recursos do SNS estão a ser bem utilizados ou não”, considerando que o chumbo do PS às tentativas de ouvir os dois ex-governantes ligados à Saúde pareceu “pouco sustentado”.