A Direção Regional de Cultura do Norte, a Direção-Geral do Património Cultural e a Associação dos Amigos do Coliseu do Porto formalizaram um protocolo de 300 mil euros para obras urgentes na cobertura do equipamento, foi esta quarta-feira anunciado.

De acordo com um comunicado do Ministério da Cultura enviado esta quarta-feira às redações, o Governo “assegura a transferência de 150 mil euros para a realização de obras de reabilitação da cobertura”, visando a “salvaguarda e valorização do Coliseu do Porto, mediante um programa de intervenção que assume um caráter prioritário”.

De acordo com fonte oficial do ministério liderado por Pedro Adão e Silva, as restantes comparticipações estão a cargo da Câmara do Porto (100 mil euros) e de um conjunto de instituições como a Associação Comercial do Porto, Irmandade dos Clérigos e outras contribuições individuais e coletivas (50 mil euros).

Paralelamente, de acordo com o comunicado, “em 2024, o Ministério da Cultura atribuirá também, através de um Protocolo de Apoio Financeiro, o valor de 200 mil euros destinados à produção de atividades do Coliseu do Porto”.

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Para o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, citado no comunicado, “o Coliseu do Porto é uma instituição singular da região com forte enraizamento social e com uma programação cultural diversificada”, sendo responsabilidade do ministério “apoiar e ajudar a encontrar soluções que assegurem o futuro” do equipamento.

Em 9 de outubro, o presidente da Associação Amigos do Coliseu do Porto, Miguel Guedes, tinha considerado a obra como “muito importante para o presente e para a projeção do futuro do Coliseu do Porto”.

“Há muitos anos que se fala na substituição do telhado do Coliseu é de facto um dos grandes problemas estruturais a desta casa”, referiu.

Para a realização da obra de substituição do telhado do Coliseu, Miguel Guedes destacou então a participação e apoio da Câmara Municipal do Porto, do Ministério da Cultura, da Associação Comercial do Porto, dos Clérigos, algumas contribuições individuais e o “esforço e contribuição” do próprio Coliseu.

Por definir está ainda a realização de obras estruturais de fundo no equipamento, cuja candidatura a fundos europeus tinha sido aprovada por alguns municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP), sócia da Associação Amigos do Coliseu do Porto.

Na semana passada, sete dos 17 municípios da AMP votaram contra a proposta de comparticipação para as obras reabilitação do Coliseu do Porto que tinha sido aprovada por “unanimidade dos presentes” numa reunião de trabalho do Conselho Metropolitano do Porto em 20 de outubro.

Na sequência desse desenvolvimento, o presidente da Associação Amigos do Coliseu do Porto pediu consenso na AMP sobre a comparticipação das obras de reabilitação da instituição, garantindo assim a candidatura a fundos europeus.

“É, por isso, da maior urgência que os municípios da Área Metropolitana do Porto, associada de referência da AACP, assumam as suas responsabilidades perante um equipamento que é também seu património e que serve toda a região”, insiste Miguel Guedes.