No papel, por ser contra o último classificado, o Sporting teria pela frente o jogo mais fácil da primeira metade do campeonato. Na realidade, não foi assim. Os leões enfrentaram em Trás-os-Montes o Chaves, mas também as condições climatéricas adversas que afetaram o relvado. A exibição não foi bonita (nem podia ser), mas foi o suficiente para vencer (0-3).

Paulinho acabou com o desperdício para que todos enchessem a barriga (a crónica do Chaves-Sporting)

“As condições do campo começaram a dificultar o jogo. Percebemos isso logo no início e adaptámo-nos bem. Estivemos sempre mais perto do golo que o Chaves”, comentou o treinador do Sporting, Rúben Amorim. “Falhámos alguns golos no início e isso pode desbloquear o jogo nestes relvados, mas quanto a mim foi justo. Depois, juntámos o Coates à linha de centrais. Foi difícil tirar o Quaresma, mas caíram muitas vezes do lado dele. Tudo o que fossem bolas paradas ou bolas longas passaríamos a ter vantagem [com o uruguaio]. A equipa adaptou-se ao jogo e foi uma vitória justa.”

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O triunfo permitiu ao Sporting alcançar o patamar dos 43 pontos e garantir desde já a liderança no final da primeira volta do campeonato. “Obviamente que queremos ficar em primeiro e assim preocupamo-nos já em preparar o próximo jogo. Temos tido mais dificuldades fora do que em casa e, às vezes, têm de vir ao de cima outras coisas. Neste caso, vieram. Contra o Vizela tem de ser igual.”

Marcus Edwards, limitado por problemas físicos, ficou no banco de suplentes contra o Chaves e, dado o conforto da vantagem, não foi necessário sair de lá. Trincão aproveitou a oportunidade e marcou um golo que convenceu Amorim. “[O Edwards] ainda estava algo limitado, mas há males que vêm por bem. Facilitou a escolha na posição e o Trincão fez um grande jogo. Há treinadores com sorte nestes dias.”

Por seu lado, o Chaves vai continuar no fundo da tabela situação que “vai virar”, assegurou Luís Morgado que deu a cara pela equipa técnica liderada por Moreno. “O Chaves entrou bem no jogo”, descreveu. “O 3-0 é pesado para o que [os jogadores] fizeram.”