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A lenda do rei Arthur deixou a tragédia grega por acabar de escrever (a crónica do Vizela-Benfica)

Benfica foi a ganhar para o intervalo, aumentou a vantagem na segunda parte, mas permitiu um golo e ainda sofreu nos últimos minutos (1-2). No fim, venceu o Vizela com mais um golo de Arthur Cabral.

O avançado brasileiro marca há três jogos consecutivos
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O avançado brasileiro marca há três jogos consecutivos

EPA

O avançado brasileiro marca há três jogos consecutivos

EPA

A semana do Benfica dificilmente poderia ter sido melhor. Um dia depois de o Sporting não jogar com o Famalicão e de o FC Porto empatar no Dragão com o Rio Ave, os encarnados venceram o Gil Vicente na Luz com toda a naturalidade e subiram à liderança da Primeira Liga. Uma liderança que, embora provisória e com mais um jogo disputado, não deixa de oferecer um boost adicional de confiança.

Era nesse contexto que o Benfica visitava o Vizela esta quinta-feira, nos quartos de final da Taça de Portugal, sabendo desde logo que em caso de vitória cruzava com o Sporting nas meias-finais depois de os leões terem eliminado a União de Leiria no dia anterior. E se o primeiro lugar do Campeonato oferecia uma motivação extra, a possibilidade de continuar numa competição que escapa desde 2017 também empurrava a equipa de Roger Schmidt para a frente.

Ficha de jogo

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Vizela-Benfica, 1-2

Quartos de final da Taça de Portugal

Estádio do Futebol Clube Vizela, em Vizela

Árbitro: Hélder Carvalho (AF Santarém)

Vizela: Francesco Ruberto, Tomás Silva, Jota Gonçalves, Anderson, Matheus Pereira, Bruno Costa (Amadou Ba-Sy, 82′), Domingos Quina (Orest Lebedenko, 70′), Samu, Alberto Soro (Diogo Nascimento, 61′), Jason Lokilo, Petrov (Jardel, 70′)

Suplentes não utilizados: Buntic, Alex Méndez, Busnić, Rashid, Rodrigo Escoval

Treinador: Rubén de la Barrera

Benfica: Trubin, Fredrik Aursnes (Alexander Bah, 84′), António Silva, Otamendi, Álvaro Carreras (Morato, 70′), João Neves, Kökçü (Florentino, 84′), Di María, João Mário, Rafa, Arthur Cabral (Marcos Leonardo, 70′)

Suplentes não utilizados: Samuel Soares, David Neres, Tengstedt, Tomás Araújo, Tiago Gouveia

Treinador: Roger Schmidt

Golos: Arthur Cabral (34′), João Mário (65′), Petrov (68′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Samu (36′), a Di María (45′), a Álvaro Carreras (56′), a Bruno Costa (57′), a Matheus Pereira (61′), a Jardel (90+2′), a Otamendi (90+3′)

“Ainda existem oito equipas em prova. Quando defrontas uma equipa nos quartos de final significa que ganharam todos os jogos anteriores. A Taça de Portugal é sempre especial, não tem nada a ver com o Campeonato. Se estás nesta ronda, significa que tens qualidade, uma grande mentalidade e que tens de ser levado a sério. Espero um jogo difícil, nunca é fácil jogar em Vizela. Em rondas anteriores, eles mostraram que são uma boa equipa. Estamos preparados e o nosso objetivo é chegar à meia-final”, atirou o treinador alemão, que lembrou a eliminação contra o Estoril na final four da Taça da Liga para desvalorizar o mau momento dos vizelenses, que não ganham para a Liga há 10 jornadas e estão no último lugar.

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Assim, Schmidt lançava Álvaro Carreras no onze inicial pela primeira vez, deixando Morato no banco e recuperando Aursnes na direita da defesa em detrimento de Alexander Bah. Kökçü e João Mário regressavam à titularidade, com Florentino a ser suplente, e Arthur Cabral era a referência ofensiva natural. Do outro lado, Rubén de la Barrera colocava Domingos Quina nas costas de Petrov e também Lokilo e Alberto Soro no setor ofensivo.

O Benfica entrou muito bem no jogo, criando uma autêntico sufoco ao longo do quarto de hora inicial e desperdiçando várias oportunidades claras: Rafa atirou ao lado quando estava isolado (4′) e rematou por cima em posição frontal (7′), Arthur Cabral permitiu uma boa defesa de Ruberto (9′) e Kökçü também viu o guarda-redes do Vizela roubar-lhe o golo com uma intervenção atenta (13′).

A equipa da casa respondeu por intermédio de Domingos Quinta, que rematou ainda de muito longe e pouco ao lado da baliza de Trubin (16′), e a verdade é que o jogo alterou ligeiramente as suas dinâmicas a partir daí. O Benfica procurava condicionar a saída de bola do Vizela ainda no meio-campo adversário, defendendo com as linhas muito subidas, e o conjunto de Rubén de la Barrera ia aproveitando para explorar a profundidade e apresentar um futebol muito direto que assentava na qualidade de Quina e Soro.

O jogo foi mais dividido no segundo quarto de hora, com o próprio Soro a cabecear ao lado (20′) e Petrov a falhar o alvo também de cabeça (29′), mas a inevitabilidade do golo do Benfica acabou por materializar-se. Contra-ataque muito rápido, João Mário conduziu e abriu em Rafa na esquerda, com o avançado a assistir Arthur Cabral em posição central já na área e o brasileiro a atirar para bater Ruberto (34′).

A partida foi mais incaracterística até ao intervalo, sem que nenhuma das equipas voltasse a ficar perto de marcar, e o Benfica terminou mesmo a primeira parte a vencer o Vizela pela margem mínima e depois de 45 minutos em que demonstrou que poderia ser obviamente superior — mas onde também não conseguiu esconder debilidades defensivas que podiam colocar em causa o apuramento.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Vizela-Benfica:]

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e o Benfica entrou na segunda parte claramente à procura de chegar ao segundo golo e encontrar alguma tranquilidade. Os encarnados estavam muito enraizados no meio-campo adversário, ainda que com alguma dificuldade para criar verdadeiras oportunidades, e o grande inconformado do Vizela continuava a ser Domingos Quina, que neste período rematou em jeito para Trubin encaixar (54′).

Rubén de la Barrera foi o primeiro a mexer, trocando Alberto Soro por Diogo Nascimento à passagem da hora de jogo, mas foi precisamente nessa fase que o Benfica acabou por conseguir aumentar a vantagem. Aursnes cruzou na direita, Arthur Cabral falhou o remate e a bola sobrou para João Mário ao segundo poste, que atirou cruzado para fazer o segundo golo do jogo (65′) e capitalizar um período da partida em que os encarnados nem sequer estavam a acelerar muito.

Logo depois, porém, o Vizela conseguiu reduzir e relançar o jogo num momento de insistência, com Diogo Nascimento a rematar de fora de área e Petrov a aparecer a desviar para surpreender Trubin (68′). Roger Schmidt manteve as substituições que já tinha preparadas antes do golo sofrido, lançando Morato e Marcos Leonardo para as saídas de Arthur Cabral e Álvaro Carreras, e Rubén de la Barrera respondeu com Lebedenko e Jardel, colocando Ba-Sy pouco depois.

A equipa da casa lutou pelo empate até ao apito final, mas os encarnados fecharam a porta com a entrada de Florentino e Morato já nos últimos 10 minutos e garantiram a vitória. No fim, o Benfica venceu o Vizela e garantiu a passagem às meias-finais da Taça de Portugal, onde vai defrontar o Sporting na luta pela presença na final do Jamor. Num dia em que marcou pelo terceiro jogo consecutivo e esteve no lance do segundo golo, Arthur Cabral voltou a ser crucial para evitar uma tragédia grega que ameaçou desenhar-se nos derradeiros 20 minutos.

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