A greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) na Madeira está esta terça-feira a causar impacto sobretudo na empresa de transporte público rodoviário Rodoeste, com o sindicato e a companhia a divergirem nos dados de adesão.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente do SNMOT, Manuel Oliveira, considerou a adesão “estrondosa face às pressões e ameaças de que estes trabalhadores foram vítimas”, apontando para cerca de 70% de participação.

Da parte da Rodoeste, o gestor Fernando Lopes recusou a indicação avançada pelo sindicato, referindo que estão em greve 34 trabalhadores de um total de 130.

O gestor indicou ainda que, até às 14h00, das cerca de 250 viagens programadas, foram efetuadas 150.

Esta greve abrange igualmente as empresas SAM – Sociedade de Automóveis da Madeira e a Automóveis do Caniço, mas nestas duas “com menor impacto” face à Rodoeste, segundo o SNMOT.

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Manuel Oliveira disse que não consegue aferir a adesão por parte dos trabalhadores destas duas empresas, apontando, no entanto, que também estão a sofrer alguns constrangimentos.

Os trabalhadores estão a cumprir uma greve de 24 horas, reivindicando uma convenção coletiva atualizada e um salário equivalente ao dos trabalhadores da empresa pública de transportes públicos do Funchal (Horários do Funchal).

O sindicato pediu uma reunião com a ACIF — a associação patronal — e ameaça, caso as reivindicações não sejam reconhecidas, convocar uma nova paralisação de 24 horas.