Catorze meses depois, Dani Alves está em vias de ganhar a liberdade que há muito pedia e que se encontra à distância de um milhão de euros: a Justiça espanhola decidiu que o jogador brasileiro de 40 anos vai poder aguardar em liberdade condicional pelo recurso à condenação de quatro anos e meio por agressão sexual a uma mulher numa discoteca do país, obrigando a que tenha de aguardar por essa sentença em Espanha sem os dois passaportes (um brasileiro, outro espanhol) e sem qualquer tipo de contacto com a vítima.

“Não vou fugir, acredito na Justiça.” Dani Alves continua a lutar pela liberdade provisória e quer esperar pelo recurso fora da prisão

“Decidimos acordar a liberdade provisória de Daniel Alves da Silva mediante o pagamento de uma fiança de um milhão de euros. Caso se verifique o pagamento desse montante, a liberdade provisória irá proceder-se com a retirada dos dois passaportes, espanhol e brasileiro, a proibição de saída do território nacional e a obrigação de comparência perante esta Audiência Provincial semanalmente, assim como em todas as ocasiões em que seja chamado pelas autoridades judiciais”, explicou a decisão conhecida esta quarta-feira.

“Ao mesmo tempo, fica imposto a Daniel Alves da Silva a medida de proibição de aproximação da pessoa que é denunciante a uma distância nunca inferior a 1.000 metros do seu domicílio, local de trabalho ou qualquer outro lugar frequentado pela mesma, assim como fazer qualquer tipo de contacto comunicação com ela até que exista uma sentença definitiva”, acrescentou o mesmo comunicado.

De recordar que, esta terça-feira, Dani Alves tinha regressado pela primeira vez a tribunal através de uma videoconferência depois de ter sido condenado por agressão sexual a quatro anos e meio de prisão, com a defesa do jogador a afastar o perigo de fuga que era indicado pelo Ministério Público e a falar também da indemnização de 150 mil euros que foi paga à vítima, servindo de “atenuante para reduzir a pena” (um valor cedido por Neymar, companheiro de seleção e amigo, através do pai). “Não vou fugir, acredito na Justiça”, assegurou o jogador que, a partir de agora, poderá deixar a prisão enquanto aguarda o recurso.

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