João Carvalho fez a estreia na baliza depois da chamada de Samuel Soares aos trabalhos da equipa principal pela lesão de Diogo Costa, Gustavo Sá também realizou o primeiro jogo sendo chamado ao encontro após a lesão de Vasco Sousa, Martim Neto e Youssef Chermiti tiveram a primeira internacionalização Sub-21 com o avançado do Everton a marcar. Quatro estreias na goleada por quatro golos de Portugal frente às Ilhas Faroé que teve uma história diferente daquela que os números finais apontaram, tendo em conta que foi preciso esperar até à segunda parte pelo primeiro golo e pelos últimos minutos para a vantagem mínima ser dilatada. No regresso à competição depois da surpreendente derrota na Grécia, a Seleção Sub-21 cumpriu e fez imperar a lei do mais forte mas era agora, com a Croácia, que chegava o principal desafio a essa redenção.

“A Croácia é uma boa equipa e contra boas equipas esperamos fazer bons jogos e competir a um bom nível. É uma seleção dentro daquelas que se encontram em fases finais. Temos de provar que merecemos estar nas fases finais e este será um bom jogo para isso. Na parte defensiva normalmente estamos mais tranquilos mas equipas como a Croácia não permitem que seja assim. Teremos que ter muito cuidado, até porque acredito que ofensivamente serão ainda mais fortes do que defensivamente”, tinha destacado Rui Jorge, selecionador há mais de uma década dos Sub-21, sobre uma Croácia que chegava ao Algarve depois de três vitórias consecutivas na sequência do empate na Grécia (únicos pontos cedidos) e sempre sem sofrer golos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O argumento de Francisco acabou em tragédia grega: Seleção Sub-21 perde na qualificação para o Europeu quatro anos depois

“Liderança do grupo? Sei que nós, nesta altura, perdemos três pontos e a Croácia só perdeu dois. Vamos ter de jogar bem e ser uma equipa sólida para poder vencer um adversário forte. É sempre importante vencer, estaremos mais próximos do nosso objetivo final que é passar à fase seguinte, mas para isso, apesar da posição que estamos a ocupar, o que temos de fazer neste jogo é o mais importante”, acrescentara.

Com Portugal na frente do grupo G de qualificação para o Campeonato da Europa da categoria com 15 pontos em seis jogos, chegava agora o duplo confronto com a Croácia, que tinha 13 pontos em apenas cinco partidas. Não sendo decisivo, a Seleção sabia que, com uma vitória em Faro, daria um passo importante rumo a novo apuramento para a fase final. Em 25 minutos, as contas ficaram “arrumadas” em Faro.

Se contra as Ilhas Faroé a eficácia foi um problema que adiou uma resolução menos tardia da partida, com a Croácia houve uma realidade diametralmente oposta: Fábio Silva inaugurou o marcador depois de um passe picado fantástico de Mateus Fernandes para as costas da defesa balcânica que isolou Pedro Santos para um remate que bateu nos dois postes e foi depois desviado pelo avançado do Rangers à boca da baliza (3′), Pedro Santos aproveitou de seguida um erro da defesa croata para surgir isolado frente a Cavlina e aumentar para 2-0 (11′). Portugal ganhava, dominava e controlava como queria até uma saída mal calculada de Samuel Soares dar a oportunidade aos visitantes de reduzirem num penálti à Panenka de Ljubicic (15′).

Esse momento poderia inverter aquela que estava a ser a história da partida mas nem mesmo o 2-1 colocou um travão a meia hora de luxo, do melhor que esta nova geração já conseguiu nesta qualificação: Pedro Santos fez o bis que recolocou Portugal novamente nos “eixos” de uma exibição que deixava a Croácia numa situação demasiado vulnerável (22′), Paulo Bernardo fez o 4-1 de seguida na sequência de uma grande jogada de Fábio Silva descaído sobre a esquerda (25′) e Tiago Tomás teve ainda mais duas oportunidades na cara de Cavlina para chegar ao golo que reforçaria mais o domínio completo da Seleção até ao intervalo (24′ e 45′).

O segundo tempo teve menos momentos de interesse. Ainda assim com Portugal sempre mais perto do golo e com tempo para aumentar a vantagem para 5-1 com uma grande penalidade ganha e transformada por Fábio Silva (63′), entre mais oportunidades para avolumar um resultado já pesado frente a uma Croácia que foi uma sombra perante aquilo que já tinha apresentado nesta fase de qualificação para o Europeu Sub-21.