Deveria ter votado depois de Pinto da Costa, acabou por fazê-lo depois do presidente portista. Estava com uma cara confiante, encheu ainda mais esse balão de confiança perante aquilo que foi ouvindo na fila para exercer o direito de voto, entre fotografias e selfies com vários associados que manifestavam o seu apoio e iam falando de “dia de mudança”. Aliás, essa é a ideia mais vezes ouvida, mesmo que seja expressa de formas diferentes. Mudança, viragem, revolução, fim de uma era. André Villas-Boas votou ao final da manhã na mesa 5 do Estádio do Dragão já depois de outros elementos da sua lista terem feito antes, passando depois pela zona mista na garagem do recinto. Foi aí que, entre pormenores de um mistro de ansiedade e um nervosismo e uma visível confiança, falou aos jornalistas sobre o ato eleitoral até ao momento.

“A adesão é massiva por parte por sócios, sendo um óbvio sinal de força e vitalidade em linha com o que nós tínhamos falado de que seriam as mais votadas de sempre, penso que por esta hora já terão sido ultrapassados os valores das últimas eleições de 2020. Com o passar das horas irão ser ultrapassados os números de 1988. É um ato democrático, não sei as escolhas das pessoas mas o mais importante é que o presidente eleito hoje seja o presidente de todos os portistas e que o clube volte a focar-se na sua vida para o próximo quadriénio, que é o mais importante”, começou por referir Villas-Boas na zona mista.

“Atraso de 25 minutos? Não preocupou, estivemos inquietos para perceber os motivos e o que nos explicaram era que se devia a algumas trocas de lugares da lista A. Tentámos profissionalizar todo o processo de delegados, na credenciação, na escolha e na atribuição de mesas e essa parte pensamos que vai correr tudo bem. Depois, há situações operacionais que podem causar fazer situações destas, que provocaram meia hora de atraso mas que já estão resolvidas. Dá-me a impressão que está tudo a correr bem, a afluência massiva era expectável e isso pode atrasar algumas mesas, condicionadas a filas mais longas. Ainda faltam muitas horas, que se traduza num grande ato eleitoral”, prosseguiu o candidato da lista B.

“Estou confiante porque tenho vindo a sentir e a medir o pulso a toda a massa associativa à medida que fui caminhando pelo país. Tem sido um grande movimento de apoio que me dá força mas só hoje saberemos se isso se materializa em voto não. A impressão que tenho é que sim. Tomada de posse? Pode acontecer até 15 dias. O presidente da Mesa da Assembleia Geral disse que poderíamos marcar quando assim entendêssemos, o que nos causou alguma indecisão foi saber para onde nos deslocaríamos em caso de vitória”, contou depois Villas-Boas, que revelou o programa para o resto do dia… e o que acontecerá com Pinto da Costa.

“Vamos esperar pelos resultados na sede de campanha, que estará condicionada a membros da lista e comunicação social. Mas temos uma fan zone ao lado da nossa sede para os adeptos. A nossa intenção é fazer ali um discurso e, em caso de vitória, virmos aqui para o Dragão, para a zona que nos está atribuída. Enquanto sócio, o presidente eleito será o meu presidente e penso que os sócios vão encarar da mesma forma. Se vou falar com Pinto da Costa, em caso de vitória ou derrota? Não sei… Nem sei se tenho o número dele atualizado…. Clássico de amanhã? Ainda não está tomada a decisão, depende de como decorra o ato eleitoral”, concluiu Villas-Boas, antes de deixar a zona mista e seguir até ao carro para sair do Dragão.

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