A polícia turca deteve esta quarta-feira cerca de 150 pessoas no âmbito dos protestos do Dia do Trabalhador em Istambul, recorrendo a gás lacrimogéneo para dispersar um grupo de manifestantes que tentou romper um cordão policial próximo da praça Taksim.

As autoridades pediram aos manifestantes que evitassem qualquer ação que pudesse violar a ordem pública, tendo estes arremessado garrafas de plástico e outros objetos contra as forças de segurança, de acordo com relatos da televisão NTV.

O Governo local proibiu as manifestações do Dia do Trabalhador na zona central de Taksim, no distrito de Saraçhane, bloqueando todos os acessos à praça. No total, está interrompida a circulação em cerca de 70 ruas, bem como na estrada principal.

Cerca de 42.000 polícias foram mobilizados no âmbito de uma operação de segurança maciça uma vez que o 1.º de Maio é um dia em que, historicamente, se registam vários distúrbios e protestos.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, dirigiu-se à nação numa mensagem transmitida pela televisão estatal em que enviou “saudações e todo o seu carinho aos trabalhadores turcos”.

O 1.º de maio é um dia importante na história da Turquia. Em 1977, meio milhão de pessoas participaram num protesto que foi duramente reprimido pelas forças de segurança. Segundo os números oficiais, 37 pessoas morreram nesse dia em Taksim, onde se registaram tiroteios e a polícia de choque usou gás lacrimogéneo e canhões de água.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR