Um grupo de Profissionais da Educação vai reunir-se em vigília à porta do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) no próximo domingo, dia 12, a partir das 21h. Professores e não professores vão ficar no local até ao dia seguinte, segunda-feira quando os sindicatos se voltam a sentar à mesa das negociações com o ministro Fernando Alexandre.

“No dia 12 de maio, os Profissionais da Educação vão ‘vigilar’ para que haja bom-senso e a razão impere nas negociações do dia 13 de maio… Retiraremos apenas após o terminus das negociações — cujo horário em que vão decorrer não foi ainda comunicado pelo MECI. As migalhas são para os pombos!”, lê-se no comunicado enviado ao Observador.

Por detrás da organização deste vigília não está qualquer sindicato, mas sim “vários colegas” do ensino que organizaram “especificamente esta iniciativa”, adianta um dos envolvidos ao Observador.

“Os professores, cansados que estão de ver a destruição da Escola Pública, não permitirão mais que se continue a usar a sua classe profissional para iludir os cidadãos portugueses”, escrevem os professores.

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Depois da recuperação do tempo de serviço, há nova fricção entre professores e Governo: a revogação do “acelerador” das carreiras

Na base das negociações, dizem, está, “afinal de contas, trocar o que nos é devido, sendo que para obter esse produto final, os professores terão que perder ainda mais direitos do que aqueles que já tinham”. Os professores referem-se à revogação do decreto-lei n.º74, o chamado “acelerador” da carreira docente, hipótese que o ministério liderado por Fernando Alexandre não exclui.

“O caminho para a (re)construção da Escola Pública que o século XXI exige é longo! Este será apenas o primeiro de muitos passos! Exige-se boa-fé por parte de todos os intervenientes”, escrevem ainda os professores, apelando aos participantes que levem velas.