A menos de dois anos do fim do mandato presidencial, a atuação de Marcelo é descrita como má (17%) ou muito má (13%) por, no total, 30% dos participantes na sondagem realizada pelo IPESPE/Duplimétrica para a TVI e a CNN Portugal e publicada esta segunda-feira. A maioria dos questionados, 44%, descreve a prestação do Presidente da República como razoável.

Apenas pouco mais de um quarto dos inquiridos para a sondagem dão nota positiva à atuação recente de Marcelo Rebelo de Sousa. A prestação do Presidente da República é classificada como “muito boa” por 5% dos participantes e “boa” por 25% dos mesmos.

Sobre a polémica reparação às ex-colónias, defendida por Marcelo Rebelo de Sousa num jantar com jornalistas estrangeiros, 74% dos inquiridos estão contra a posição do chefe de Estado e apenas 18% concorda com o chefe de Estado.

[Já saiu o segundo episódio de “Matar o Papa”, o novo podcast Plus do Observador que recua a 1982 para contar a história da tentativa de assassinato de João Paulo II em Fátima por um padre conservador espanhol. Ouça aqui o primeiro episódio.]

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Marcelo, que na mesma ocasião revelou ter cortado relações com o filho na sequência do caso das gémeas luso-brasileiras, traçou o perfil político de Luís Montenegro. “Vai ser um político de silêncios”, profetizou, delineando as origens do social-democrata enquanto “pessoa que vem de um país profundo, urbano-rural, urbano com comportamentos rurais”. O Presidente aproveitou para destacar as diferenças entre o novo primeiro-ministro e o seu antecessor, referindo que António Costa tem um estilo “lento”, próprio dos orientais.

Marcelo cortou relações com o filho por causa do caso das gémeas brasileiras: “É imperdoável”

Mais de metade dos inquiridos –53% — entendeu as declarações como “inadequadas” e 32% classificaram-nas como “totalmente desrespeitosas”. Mais tarde, quando questionado sobre as declarações relativas ao atual chefe do Executivo, Marcelo Rebelo de Sousa justificou-as como uma forma “muito explicativa para jornalistas estrangeiros que não percebiam” as origens do PSD.

Os dados da sondagem são resultado de 800 entrevistas, realizadas entre os dias 6 e 13 de maio.