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O ministério dos Negócios Estrangeiros português condenou esta segunda-feira  veementemente o ataque a Majdal Shams, que matou no sábado 12 crianças e adolescentes naquela cidade dos Montes Golã sírios, zona sob ocupação israelita, considerando “uma inadmissível violação do direito internacional”.

“Portugal condena veementemente o ataque contra Majdal Shams, nos Montes Golã, que matou várias crianças. Tais atos de violência constituem uma inadmissível violação do direito internacional. A escalada em curso tem de ser travada; apelando-se à responsabilidade dos envolvidos”, pode ler-se numa nota publicada na rede social X do ministério liderado por Paulo Rangel.

A publicação da diplomacia portuguesa partilha também a condenação publicada no sábado pelo alto representante para a Política Externa e de Segurança da União Europeia (UE), Josep Borrell.

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O primeiro-ministro israelita prometeu esta segunda-feira, durante uma visita a Majdal Shams, uma “resposta severa” ao ataque atribuído por Telavive ao Hezbollah libanês.

“Estas crianças são as nossas crianças (…). O Estado de Israel não vai e não pode permitir que isto aconteça. A nossa resposta virá e será severa“, declarou Benjamim Netanyahu.

Segundo o Exército israelita, os ‘rockets’ foram disparados do Líbano pelo movimento islâmico Hezbollah, apoiado pelo Irão, e caíram num improvisado campo de futebol onde muitos jovens estavam a jogar.

“Catástrofe inimaginável” no Líbano e cessar-fogo congelado em Gaza. O que esperar se conflito entre Israel e o Hezbollah escalar

Os 12 mortos confirmados tinham idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos e dezenas de outros jovens ficaram feridos, segundo as autoridades locais.

O Hezbollah negou estar na origem do ataque mortal.

Já o novo Presidente do Irão, Massoud Pezeshkian, avisou esta segunda-feira que Israel cometerá “um grave erro” se atacar o Líbano.

Numa declaração conjunta, divulgada no fim de semana, a coordenadora especial da ONU para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, e o chefe de missão e comandante da Força Interina da ONU para o Líbano (FINUL), tenente-general Aroldo Lázaro, condenaram o ataque em Majdal Shams, frisando que os civis “devem ser protegidos em todas as circunstâncias”.

Exortamos as partes a exercerem a máxima contenção e a porem termo à intensificação das trocas de tiros em curso. Esta situação poderia desencadear uma conflagração mais vasta que envolveria toda a região numa catástrofe inacreditável”, afirmaram os representantes, indicando que as estruturas que lideram “estão em contacto tanto com o Líbano como com Israel”.

O incidente reacendeu os receios de que o conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, desencadeado pelo ataque do movimento islamita palestiniano a 07 de outubro de 2023, possa alastrar ao Líbano.

Israel e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado transfronteiriço desde 8 de outubro de 2023, um dia depois do início da guerra em Gaza, nos piores confrontos entre as duas partes desde 2006.

O Hezbollah integra o chamado “eixo de resistência”, uma coligação liderada pelo Irão de que faz parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes Huthis do Iémen.