O FC Porto abriu, esta quarta-feira, uma “participação formal” a todos os acusados na Operação Pretoriano, incluindo Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões conhecido como ‘Macaco’, a mulher, Sandra Madureira, Vítor Catão e os outros nove indiciados pelo Ministério Público (MP).

Numa nota do site, a direção do Futebol Clube do Porto informa “que, nos termos da alínea e) do n.º 2 do artigo 64.º dos Estatutos do Clube, irá proceder à participação formal junto do Conselho Fiscal e Disciplinar relativamente a todos os seus associados acusados ao abrigo do referido processo com vista à instauração, instrução e decisão de competentes processos disciplinares“.

A direção do clube pretende que “sejam apuradas as devidas responsabilidades” dos sócios em questão, assim como que sejam “aplicadas as sanções disciplinares previstas nos estatutos do clube que se vierem a revelar apropriadas tendo em conta a gravidade dos incidentes e comportamentos em causa”.

Fernando Madureira foi acusado de 31 crimes e mantém-se em prisão preventiva

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Em questão, estão, segundo a nota, os “factos ocorridos na Assembleia Geral Extraordinária (AG) do Futebol Clube do Porto do dia 13 de novembro de 2023”.

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De acordo com o despacho de acusação a que a agência Lusa teve acesso, a claque Super Dragões criou “um clima de intimidação e medo” na Assembleia Geral do clube a 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção”, então liderada por Pinto da Costa.

Nesse dia, a Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve 12 pessoas — incluindo dois funcionários do FC Porto e o agora ex-líder dos Super Dragões, Fernando Madureira —, no âmbito da investigação aos incidentes verificados na referida AG do clube.

Em causa estavam os crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação.