Logo após a morte de Matthew Perry a 28 de outubro de 2023, foram iniciadas investigações para apurar causas e eventuais culpados. Na calha surgem o assistente pessoal, três médicos e Jasveen Sangha, conhecida como “rainha da cetamina”. Em causa está o acesso e a venda da droga, e ainda o aconselhamento de doses superiores à do tratamento da estrela de “Friends“, que acabaram por levar a uma overdose.
Acusada de distribuição de cetamina resultante em morte e de se aproveitar do vício de Perry para conseguir ganhar dinheiro, Jasveen Sangha viu o pedido de fiança ser-lhe negado e vai permanecer sob custódia policial até ao julgamento em outubro.
A “rainha da cetamina” lidava com celebridades e só traficava quando os valores em causa lhe eram altamente recompensadores, conforme avança a BBC. O local onde mantinha as substâncias situa-se na zona norte de Hollywood e o advogado Martin Estrada denomina a casa como um “império de venda de droga”. Numa busca, terão sido encontrados 80 frascos de cetamina e milhares de comprimidos como metanfetaminas, cocaína ou Xanax.
????THE QUEEN OF KETAMINE ALLEGEDLY RESPONSIBLE FOR MATTHEW PERRY'S DEATH, Jasveen Sangha, 41, earned herself the notorious nickname for selling ketamine and meth out of her North Hollywood “stash house” going back to as early as June 2019, according to a CA. federal indictment. pic.twitter.com/jnDtBq5F0g
— Andre Nuta ???????? (@andre_nuta) August 16, 2024
Nas redes sociais da “rainha Sangha”, a traficante não esconde que leva uma vida de luxo.
Jasveen Sangha aka Ketamine Queen who provided the fatal dose to Matthew Perry. https://t.co/G8Hkz2nMpm pic.twitter.com/F8Jk9kMNuj
— JLR© (@JLRINVESTIGATES) August 15, 2024
Dias depois da morte de Matthew Perry, a traficante publicou fotos do estilo de vida extravagante. Terá feito viagens ao Japão e ao México e frequentado diversas festas.
Já entre os médicos acusados de envolvimento na morte do ator de Hollywood está Salvador Plasencia que, ao saber do interesse de Perry na droga, terá ensinado o ator a injetar-se.
Martin Estrada é taxativo e incrimina os suspeitos:
Estes arguidos importaram-se mais com o lucro do que com a saúde do Sr. Perry.”
Mas Jasveen Sangha sabia dos perigos das substâncias que vendia e já tinha estado ligada a outra morte por overdose, esta em 2019. A vítima foi um cliente chamado Cody McLaury. A “rainha” até recebeu uma mensagem de um dos familiares da vítima: “A cetamina que vendeste ao meu irmão matou-o, está nas causas da morte”.
Os investigadores avançam que alguns dias depois desta morte, Sangha fez uma pesquisa no Google: “Pode a cetamina ser considerada como causa de morte?”
O Departamento de Justiça refere que a traficante pode enfrentar uma pena de prisão mínima de 10 anos, havendo a possibilidade de ser condenada a prisão perpétua.