Logo após a morte de Matthew Perry a 28 de outubro de 2023, foram iniciadas investigações para apurar causas e eventuais culpados. Na calha surgem o assistente pessoal, três médicos e Jasveen Sangha, conhecida como “rainha da cetamina”. Em causa está o acesso e a venda da droga, e ainda o aconselhamento de doses superiores à do tratamento da estrela de “Friends“, que acabaram por levar a uma overdose.

Acusada de distribuição de cetamina resultante em morte e de se aproveitar do vício de Perry para conseguir ganhar dinheiro, Jasveen Sangha viu o pedido de fiança ser-lhe negado e vai permanecer sob custódia policial até ao julgamento em outubro.

Assistente pessoal e médicos de Matthew Perry acusados de facilitar acesso a droga que levou à sua morte

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A “rainha da cetamina” lidava com celebridades e só traficava quando os valores em causa lhe eram altamente recompensadores, conforme avança a BBC. O local onde mantinha as substâncias situa-se na zona norte de Hollywood e o advogado Martin Estrada denomina a casa como um “império de venda de droga”. Numa busca, terão sido encontrados 80 frascos de cetamina e milhares de comprimidos como metanfetaminas, cocaína ou Xanax.

Nas redes sociais da “rainha Sangha”, a traficante não esconde que leva uma vida de luxo.

Dias depois da morte de Matthew Perry, a traficante publicou fotos do estilo de vida extravagante. Terá feito viagens ao Japão e ao México e frequentado diversas festas.

Já entre os médicos acusados de envolvimento na morte do ator de Hollywood está Salvador Plasencia que, ao saber do interesse de Perry na droga, terá ensinado o ator a injetar-se.

Martin Estrada é taxativo e incrimina os suspeitos:

Estes arguidos importaram-se mais com o lucro do que com a saúde do Sr. Perry.”

Mas Jasveen Sangha sabia dos perigos das substâncias que vendia e já tinha estado ligada a outra morte por overdose, esta em 2019. A vítima foi um cliente chamado Cody McLaury. A “rainha” até recebeu uma mensagem de um dos familiares da vítima: “A cetamina que vendeste ao meu irmão matou-o, está nas causas da morte”.

Os investigadores avançam que alguns dias depois desta morte, Sangha fez uma pesquisa no Google: “Pode a cetamina ser considerada como causa de morte?”

O Departamento de Justiça refere que a traficante pode enfrentar uma pena de prisão mínima de 10 anos, havendo a possibilidade de ser condenada a prisão perpétua.