A Juventude Socialista (JS) exigiu esta terça-feira o reforço da ação social escolar depois de conhecida a “preocupante queda”, em 40%, do número de alunos carenciados colocados no ensino superior.

Em comunicado, a estrutura partidária liderada pelo deputado Miguel Costa Matos manifesta “a sua grave preocupação pela queda do número de estudantes beneficiários do escalão A da ação social escolar a serem colocados no ensino superior”.

“Em 2023, fruto da introdução de um contingente especial de acesso, este número tinha aumentado de 1400 para 2810 alunos. Esse número voltou a regredir para 1655, apesar de haver mais 16% de estudantes a entrar pelo contingente especial”, contabiliza, considerando que “o sucesso do ano passado do contingente especial de acesso revelou-se sol de pouca dura”.

Segundo noticiou o Público, na primeira fase de colocações no ensino superior “o número de estudantes carenciados que entraram agora no ensino superior desceu, e muito, por comparação com 2023: passou de 2800 para 1655”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A JS “congratula-se com o aumento do número de estudantes colocados na 1.ª fase de acesso ao Ensino Superior”, mas alerta “para a necessidade de reforçar a ação social perante a quebra em 40% do número de alunos carenciados colocados”, lê-se no comunicado da estrutura juvenil.

“Se nos últimos anos temos alargado o acesso à ação social e reforçado os valores do complemento de alojamento e de deslocação, sempre por proposta da JS, é fundamental agora reforçar o valor das bolsas”, acrescenta ainda Miguel Costa Matos.

A juventude partidária socialista aproveitou ainda para destacar que “este será o primeiro ano letivo completo em que os estudantes beneficiarão do alargamento do apoio ao alojamento aos estudantes de classe média”, destacando que a medida resultou de uma proposta da JS “priorizada por Pedro Nuno Santos nos primeiros meses de atividade parlamentar”.

Segundo a JS, apesar de, pelo segundo ano consecutivo, haver menos candidatos à 1.ª fase de acesso ao Ensino Superior, “a capacidade continuada do país admitir cerca de 50 mil jovens ao ensino superior é revelador” da “contínua valorização das qualificações” de Portugal e do “alargamento da base social do Ensino Superior”.

Quase 50 mil alunos conseguiram colocação na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, número que representa um aumento em relação ao ano passado, ficando de fora apenas 14,3% dos candidatos.

Dos 58.301 jovens que se candidataram, 49.963 asseguraram já um lugar no ensino superior, mais 1,1% em relação à mesma fase do concurso realizado no ano passado, apesar da ligeira diminuição do número de candidaturas, revelam dados disponibilizados no domingo pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).