A meteorologista Ângela Lourenço explicou que a queda de granizo é um “fenómeno normal” nesta época do ano, mas a dimensão das pedras que caíram esta segunda-feira, a severidade e a área que abrangeu já é menos comum.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o diâmetro das maiores pedras observadas era “superior a 1/3 do diâmetro de moeda de um cêntimo, mas inferior ou igual ao diâmetro de moeda de cinco cêntimos”.

Ângela Lourenço adiantou à agência Lusa que o mais comum é as pedras de granizo serem mais pequenas.

“O que aconteceu hoje em Lisboa foi queda de saraiva”, o que não é tão comum, disse a meteorologista, adiantando que também não é muito frequente a área que abrangeu e o facto de cobrir o chão e quase parecer neve.

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Para que aconteça um episódio com a extensão e severidade como o que ocorreu esta segunda-feira, “as condições têm que ser perfeitas”, conjugando vários fatores”, como a variação do vento em altitude ou o movimento das nuvens.

Todos os fatores têm de “estar reunidos ao mesmo tempo, à mesma hora e no mesmo local” para que este fenómeno aconteça, sublinhou Ângela Lourenço.

De acordo com a meteorologista, a queda de granizo está prevista para terça-feira, mas com uma severidade menor.

O IPMA prevê para terça-feira períodos de céu muito nublado, aguaceiros, em geral fracos, principalmente durante a tarde e na região Sul, que serão de neve acima de 1400/1600 metros. Possibilidade de ocorrência de trovoada na região sul.

O vento soprará em geral fraco (inferior a 20 km/h) do quadrante norte, soprando por vezes moderado a forte (20 a 40 km/h) nas terras altas e na faixa costeira.

Prevê-se ainda formação de gelo ou geada nas regiões do interior Norte e Centro e possibilidade de ocorrência de neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais do interior.

Ainda prevista está uma pequena subida da temperatura máxima nas regiões centro e sul.