As perdas do Banco Espírito Santo (BES) com a reestruturação das holdings do grupo podem ir de 600 milhões a 2,3 mil milhões de euros, calcula o banco norte-americano Citigroup, que explica que a diferença poderá estar no Governo angolano honrar a garantia dada ao BESA.

Numa revisão em baixa da estimativa que divulgou esta segunda-feira para as perdas que o banco português pode ter com a reestruturação do grupo, o banco de investimento norte-americano estima que as perdas das unidades portuguesas (que na verdade inclui a ESFG, a Rioforte, a ESI e outras) atinjam os 572 milhões de euros.

Destes, o Citigroup acredita que o BES irá recuperar a totalidade dos 602 milhões de euros de exposição às empresas vendidas pelo grupo (Tranquilidade e ESCOM), mas que perca 342 milhões de euros com a subsidiária no Panamá, e recupere 50% da restante exposição de 841 milhões de euros porque estará provavelmente segura através de colateral na ESFG e na Rioforte.

Já no caso da exposição ao BES Angola, tudo depende de o governo angolano honrar a garantia que foi dada, algo que dizem ser mais provável acontecer do que o contrário (mas ainda assim a probabilidade, dizem, é de 64%). Caso esta garantia não seja honrada, as perdas do BES podem subir para 2,3 mil milhões de euros, sendo que dessas perdas, 1,7 mil milhões dizem respeito apenas à unidade angolana.

O banco de investimento estima que o BES precise de aumentar o seu capital em entre 300 milhões de euros a 1,8 mil milhões de euros.

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