Pode uma cadeia de supermercados contribuir para estimular a leitura entre os mais novos? Há mais de uma década que a resposta do Pingo Doce a esta pergunta é um inequívoco “sim”, que se traduz na prática por 420 títulos infantis exclusivos já lançados, a preços muito acessíveis. O Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce, com um valor total de 50 mil euros, é o maior prémio atribuído na área em Portugal. Mas porque é que uma empresa de retalho decide apostar numa área que não está diretamente ligada à sua atividade? Maria João Coelho, diretora de marketing do Pingo Doce, explica: “Sabemos que está ao nosso alcance mudar hábitos e comportamentos, uma vez que contactamos com milhares de famílias. Sendo a iliteracia infantil uma realidade na sociedade portuguesa, estamos empenhados em promover a democratização do acesso a livros, posicionando-os a par de bens essenciais nas nossas lojas”.
O Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce, que já vai na sétima edição, “representa o culminar do nosso longo trabalho para promover a literacia infantojuvenil”, com esta área a constituir um dos eixos de responsabilidade social da empresa. De acordo com Maria João Coelho, “o prémio tem o intuito de incentivar a criatividade literária e artística, e estimular a emergência de novos talentos, premiando obras originais, destinadas à faixa etária do 6 aos 12 anos, que ajudem a promover o gosto dos mais novos pela leitura”.
Um prémio que é já uma referência
A oportunidade única que este prémio pode ter para o lançamento de carreiras é precisamente um dos pontos destacados por quem já o recebeu, quer sejam escritores ou ilustradores. E essa é também a expectativa dos vencedores deste ano — António Pedro Martins (texto) e Duarte Carolino (ilustração) — que devem a este prémio o impulso para arriscarem fazer algo que nunca tinham feito: escrever e ilustrar um livro.
“O prémio incentiva a criatividade literária e artística, e tem contribuído todos os anos para descobrimos o imenso talento que o nosso país tem”, acentua a responsável de marketing, reforçando que “são já 14 os novos talentos revelados nas áreas da literatura e do design gráfico e ilustração, que viram as suas obras disponíveis em mais de 400 lojas Pingo Doce, por todo o país”.
Desde a sua criação, em 2014, já se registaram mais de 10 mil candidaturas ao prémio, o que nas palavras de Maria João Coelho “significa que este prémio é reconhecido como uma referência na sua área”. Este ano, talvez fruto da maior disponibilidade de tempo resultante do confinamento, a organização registou um aumento no número de concorrentes, tendo recebido mais 36% de candidaturas na categoria de texto e mais 55% na de ilustração, comparativamente a 2019, “o que nos surpreendeu pela positiva”, conclui Maria João Coelho.
Novo livro à venda ainda este mês
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“Leituras e Papas de Aveia” é o título vencedor da mais recente edição do Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce, o qual será lançado no final deste mês de novembro, passando a estar de imediato disponível nas lojas da cadeia.
Levar a literatura a todos
A razão por que o Pingo Doce se preocupa em fomentar a leitura em idades precoces prende-se com o facto de reconhecer que “a promoção e difusão da literatura infantil é um catalisador do conhecimento, espírito crítico e criatividade junto das gerações mais jovens, determinantes no nosso futuro”. Maria João Coelho salienta ainda que é por isso mesmo que procuram ter “conteúdos de qualidade a preços acessíveis, de forma a estarem ao alcance de um maior número de famílias”.
E a verdade é que desde o lançamento do Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce, foram já vendidos mais de 120 mil livros desta coleção.
Júri de grande relevo nacional
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O Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce tem contado com um júri de grande qualidade, e esse foi sempre um requisito por parte da organização. “Desde a primeira edição que sabíamos que queríamos um painel de jurados de prestígio, com profissionais de relevo nas suas áreas e com experiências distintas e complementares, que pudessem de forma totalmente independente escolher os trabalhos que melhor correspondiam aos objetivos”, diz a diretora de marketing do Pingo Doce, Maria João Coelho.
Este foi o último ano que o painel constituído por Laurinda Alves, Leonor Riscado, Mário Cordeiro e Rosário Araújo (na categoria de texto), bem como por André Letria, Jorge Nesbitt, Jorge Silva e Paula Tavares (na categoria de ilustração) e ainda por Sandra Miranda, diretora de comunicação do Grupo Jerónimo Martins, tiveram a tarefa de avaliar as obras concorrentes. “O objetivo passa, agora, por manter este nível de excelência nos painéis das futuras edições”, afirma Maria João Coelho.
“Isto significa que, ao longo destes seis anos, foram milhares os livros que chegaram às mãos de inúmeras crianças, o que nos deixa extremamente orgulhosos”, refere a responsável, realçando que “nas semanas subsequentes ao seu lançamento, os livros vencedores são dos títulos mais procurados, como por exemplo, para presentes de Natal”.
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