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Incêndio na Serra da Estrela em Folgosinho, Gouveia durante a madrugada de hoje. O incêndio deflagrou no sábado no concelho da Covilhã e alastrou para Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira. No combate ao incêndio da Serra da Estrela estão dezenas de bombeiros. 12 de agosto de 2022. NUNO ANDRÉ FERREIRA/LUSA.
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Havia mais de 1.600 operacionais e quase 500 meios no terreno ao final da tarde de sexta-feira

NUNO ANDRÉ FERREIRA/LUSA

Havia mais de 1.600 operacionais e quase 500 meios no terreno ao final da tarde de sexta-feira

NUNO ANDRÉ FERREIRA/LUSA

No maior parque natural português faltam caminhos que facilitem o combate aos incêndios. 9 pontos sobre o fogo da Serra da Estrela

Descoordenação no combate, dificuldade de acesso dos meios e operacionais, encostas ardidas que vão sofrer erosão e perdas de biodiversidade. O que se passa no incêndio da Serra da Estrela.

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O incêndio da Serra da Estrela já consumiu cerca de 16.000 hectares do parque natural com o mesmo nome — o equivalente a 16 mil campos de futebol. O fogo tinha um perímetro de cerca de 100 quilómetros esta quinta-feira — equivalente à distância de autoestrada entre Castelo Branco e Guarda.

As populações estão desesperadas perante o avanço das chamas, lamenta-se a destruição da zona protegida, os autarcas queixam-se da falta de coordenação dos meios e os bombeiros defendem que deveriam ser eles a geri-los.

O Observador faz-lhe um ponto de situação do incêndio que consome o maior parque natural do país há quase uma semana.

Porque é difícil combater o incêndio na Serra da Estrela?

O incêndio no Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) teve início em Garrocho, no concelho da Covilhã, no dia 6 de agosto (há quase uma semana). O facto de ter tido detetado pelas 3h18 faz pensar que teve início por mão humana, estando em investigação a sua origem.

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Antes das 4 horas dessa madrugada, já havia uma equipa no terreno para combater o fogo, mas não tem sido fácil: as condições meteorológicas, o vento, os declives no maciço rochoso e a dificuldade no acesso aos locais têm imposto dificuldades na ação das forças de socorro.

O fumo do fogo, que já consumiu cerca de 18% do parque natural do centro do país, é visível nas imagens de satélite, conforme o vídeo do site sat24.com.

Qual o tamanho da área ardida?

No domingo, as imagens do satélite Sentinel 2 mostravam as frentes de fogo e a área ardida (provisoriamente estimada em 1.400 hectares). Esta sexta-feira, o incêndio já tinha consumido cerca de 16 mil hectares dos 89 mil que formam a área do PNSE — mais 6 mil do que na quinta-feira —, de acordo com o sistema de vigilância europeu Copernicus. Na quinta-feira, o perímetro total era de 100 quilómetros (equivalente à distância em linha reta de Castelo Branco a Viseu ou por autoestrada de Castelo Branco à Guarda).

O Parque Natural da Serra da Estrela é o que tem a maior área terrestre, com 89.132,21 hectares (o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina ocupa uma superfície total maior, de 89.568,77 hectares, mas 60.577,25 ha são em terra e 28.991,52 ha de zona marinha). Este incêndio é também, até ao momento, o maior de 2022 no país.

O parque estende-se por seis concelhos — Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia —, todos eles já afetados pelo incêndio, com exceção de Seia. Se a área de interesse — que tem um certo grau de incerteza, explica o VOST Portugal — fosse sobreposta na área metropolitana de Lisboa, poderia ir da periferia da capital até Vila Franca de Xira, ou, na área metropolitana do Porto, de Vila Nova de Gaia à Trofa.

O que estará a falhar no combate a este incêndio?

Os autarcas têm criticado as ações de combate ao incêndio, apontado onde falharam os meios ou as situações em que nem sequer existiram. A associação ambientalista Quercus pediu uma avaliação independente ao incêndio e questionou qual foi a intervenção da AGIF (Agência para a Gestão Integrada dos Fogos) face a criticas à descoordenação de meios, noticiou a Lusa.

Comunidade Intermunicipal Beiras e Serra da Estrela defende análise ao combate de incêndios

A secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, reuniu por videoconferência com os presidentes das Câmaras Municipais da Covilhã, de Gouveia, da Guarda e de Manteigas, juntamente com os responsáveis da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). “Nos encontros foram identificadas situações que, do ponto de vista operacional e dadas as características do incêndio, poderão necessitar de ajustamentos, e que estão já a ser objeto de avaliação”, lê-se no portal do Governo. Mas o resultado das reuniões não acalmou os autarcas.

Também o primeiro-ministro António Costa defendeu que o incêndio terá de ser estudado. “Quando ele terminar, poderemos estudar, e merece ser estudada em pormenor, o que é que foi acontecendo ao longo da fita do tempo e que podia ter acontecido de uma forma diferente, ou não, para evitar que o incêndio ganhasse esta escala.”

Serra da Estrela. O que está a falhar no combate ao incêndio?

O presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, António Nunes, disse à rádio Observador que “há demasiadas agências no terreno, nos postos de comando”, e que isso leva à descoordenação dos meios ou a uma atuação tardia. Mas António Nunes aponta ainda outro problema: a AGIF deveria ter avisado a população que o plano de prevenção não se fazia em quatro ou cinco anos, “faz-se em 10, 15 ou 20 anos”. Até lá, é preciso continuar a criar as melhores condições para o combate.

Em “alturas de aflição” a tendência é olhar “para o combate e apontar sempre o dedo ao combate”, mas Portugal tem “um dos sistemas de combate mais robustos e mais desenvolvidos da Europa“, defendeu Miguel Almeida, investigador na Universidade de Coimbra, à Lusa. “Com certeza, há coisas a melhorar, com certeza que a estratégia seguida não terá sido perfeita, mas o que eu tenho observado no terreno é que os meios estão bem posicionados, que há uma estratégia definida. Claro que não é fácil combater um incêndio com toda esta complexidade.”

O investigador rejeitou as críticas à estratégia de combate. “Não me parece que estejam a ser justos, porque me parece que o combate está a ser feito como pode ser feito, perante condições extremamente nocivas e difíceis”, argumentou. Para o investigador, “há algumas coisas que poderiam ter sido feitas”, mas não “do lado do combate – sobretudo do lado da preparação para este tipo de cenários ou da prevenção”.

Que meios estão disponíveis para o combate?

Às 19 horas desta sexta-feira, estavam mobilizados para o combate ao incêndio 1.618 operacionais, 488 meios terrestres, oito aviões de combate, um helicóptero. Entre os meios aéreos de ajuda ao combate ao incêndio está um canadair espanhol, o único meio internacional. Ao início da noite, a Proteção Civil avançou que o fogo estava “estabilizado, mas não ainda dominado”. “Podemos dizer que o incêndio, neste momento, não apresenta expansão da sua área […]. Portanto, diria que está estabilizado, é um termo que se pode aplicar apesar de não ser um estado da evolução do incêndio, mas não consideramos ainda como dominado”, explicou o segundo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Miguel Cruz.

O primeiro-ministro António Costa explicou que Portugal tem acionado os meios através do mecanismo europeu “sempre que eles estão disponíveis”. Mas estes meios “têm estado pouco disponíveis” porque, “ao contrário do que acontecia habitualmente, em que os incêndios existiam sobretudo no sul da Europa, e em particular em países como Portugal, ou como a Grécia ou como a Espanha”, existe agora “uma realidade em que se tem vindo a alargar” a ocorrência destes fenómenos. Os meios espanhóis, por exemplo, terão ido para França e outros países estarão com elevado risco de incêndio.

No âmbito da ajuda internacional, Portugal conta também com Serviço de Gestão de Emergências do programa comunitário Copernicus que está a fornecer às autoridades no local informações geoespaciais atualizadas e precisas baseadas nas imagens de satélite.

“Os parques não estão preparados para receber combates desta amplitude.”
António Nunes, presidente da Liga de Bombeiros Portugueses

Estão contabilizados os danos físicos e materiais?

Uma viatura dos bombeiros de Loures capotou, esta quinta-feira, durante o combate ao incêndio em Celorico da Beira (Guarda), provocando cinco feridos. Dois dos bombeiros continuavam internados esta sexta-feira no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, um deles em estado grave, segundo revelou fonte hospitalar à Lusa. Dois dos bombeiros que deram entrada no Hospital da Guarda e tiveram alta na manhã desta sexta-feira, apresentavam “traumatismos torácicos, abdominais e cranianos”, daí terem ficado uma noite em observação.

Na terça-feira, um helicóptero ligeiro de combate a incêndios rurais, sedeado no Centro de Meios Aéreos de Seia, sofreu um acidente, de acordo com comunicado da Proteção Civil. As seis pessoas a bordo, um piloto e cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR encontravam-se bem fisicamente, mas o helicóptero sofreu danos significativos. Tiveram de ser mobilizados meios de combate para o local para evitar que o fogo ali chegasse.

“Relativamente aos estragos feitos [pelo incêndio], para além da natureza, há ali um prejuízo sobre o qual ainda não fizemos o levantamento, porque o terreno não nos permite fazer a avaliação”, disse Carlos Ascensão, presidente da Câmara de Celorico da Beira, distrito da Guarda. “Mas há estragos, sobretudo um custo significativo, em termos de uma classe rural que já estava com dificuldades (agropecuária) por causa da seca, falta de água, pastagens e forragens. O que sobrou, agora ficou queimado.”

Além dos campos e palheiros, o incêndio já consumiu, pelo menos, 20 casas — algumas abandonadas, mas, pelo menos, duas habitadas. Já terão sido retiradas de casa, pelo menos, 100 pessoas. No total, já terão sido contabilizados, pelo menos, 20 feridos.

Incêndios. Secretário de Estado fala em “prejuízo enorme” a nível ambiental na serra da Estrela

Que impacto direto terá na natureza?

A Serra da Estrela, com o ponto mais alto de Portugal continental, o parque natural onde está incluída e o geoparque que abarca uma área ainda maior (com nove concelhos) possui características únicas em termos climáticos e geológicos que permitem a existência de uma grande diversidade de espécies animais e vegetais, algumas delas endemismos ibéricos (ou seja, que não se encontram em outros locais do planeta a não ser em áreas específicas da Península Ibérica). O PNSE inclui também uma área de importância internacional para a conservação de aves, uma área da Rede Natura 2000 (uma rede de áreas na União Europeia para conservar habitats e espécies selvagens ameaçadas ou vulneráveis) e um sítio Ramsar (zona húmida de importância internacional).

Geoparque, parque natural, rede Natura 2000, sítio Ramsar, da Serra da Estrela

Mapa com identificação das áreas do Estrela Geopark, Parque Natural da Serra da Estrela, rede Natura 2000, sítio Ramsar e outras delimitações de área protegida — Estrela Geopark/UNESCO

A paisagem é diversificada, com lagoas e pastagens de altitude, turfeiras, carvalhais e castinçais, áreas de mato e de floresta de produção, como descreve o site Natura.Pt. E é ainda a localização da nascente de três importantes rios portugueses: Mondego, Zêzere e Alva.

A localização e diferentes altitudes do parque permitem que tenha vegetação de tipo mediterrânico, nas altitudes mais baixas, de tipo atlântico nas intermédias e de tipo continental (semelhantes ao interior da Europa) nas zonas mais altas. Aves e mamíferos povoam a serra, mas são os répteis e anfíbios os mais distintivos, nomeadamente a lagartixa-da-montanha (Iberolacerta monticola), que só existe na Serra da Estrela, Galiza e Cordilheira Cantábrica.

“A Serra da Estrela é ainda um testemunho fundamental dos vestígios da última glaciação, que ocorreu há cerca de 30 mil anos, apresentando uma elevada geodiversidade e rochas com idades até cerca de 600 milhões de anos”, lê-se no site. Por estas características, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) atribui-lhe o estatuto de geoparque — Estrela Geopark. Esta classificação, apesar do grande incêndio, não está em perigo.

Nada indica que Estrela Geopark perca classificação apenas devido ao fogo

o impacto na biodiversidade ainda não pode ser aferido. Pelo menos enquanto não se for ao terreno avaliar a área afetada, a capacidade de regeneração das espécies vegetais na área ardida e as intervenções que serão necessárias, disse Domingos Patacho, dirigente na associação ambientalista Quercus, à rádio Observador. “Temos de verificar no terreno a severidade que o fogo teve.”

Um outro impacto, na qualidade do ar, é a emissão de gases como resultado da combustão da vegetação, nomeadamente de monóxido de carbono. O Programa de Observação da Terra da Comissão Europeia, o programa Copernicus, também consegue registar estes tipo de dados e o transporte do fumo dos incêndios — o incêndio da Serra da Estrela e o de Girone (em França) apresentam valores particularmente altos.

Como se pode diminuir o impacto destes incêndios?

Os incêndios só ocorrem pela conjugação de três fatores: presença de oxigénio (comborente), que não podemos controlar; existência de material combustível, como a vegetação, que podemos controlar até certo ponto — mas não controlamos o nível de secura que este ano atingiu níveis históricos —; e a ignição (a energia inicial que provoca a primeira chama). Este último elemento é aquele que mais facilmente podemos controlar, uma vez que a maioria das ignições é de origem humana e não natural.

“Pode ser uma lição para percebermos que se tivermos espécies mais adequadas ao território, em princípio, os fogos existem na mesma, mas progridem de uma outra forma.”
Domingos Patacho, Quercus

Parte destas têm mão criminosa, mas outra parte importante acontece por negligência. Domingos Patacho acredita que é possível diminuir o número de ignições — e, consequentemente, de incêndios — com maior sensibilização às pessoas para que não façam queima de sobrantes (restos vegetais das culturas agrícolas ou da limpeza florestal), não acendam fogueiras ou evitem criar condições para outras fontes de ignição.

Outra forma de diminuir o impacto dos incêndios é apostar nas espécies folhosas, como os castanheiros e carvalhos, e nas espécies que estão mais bem adaptadas ao território, disse o dirigente da Quercus. Isso não impede que os fogos aconteçam — afinal, os incêndios são uma característica da vegetação mediterrânica —, mas com espécies mais resilientes ao fogo, o incêndio avança mais devagar e as plantas têm depois maior capacidade de regeneração. A maior parte do terreno ardido tinha pinheiros-mansos que, apesar desta ser uma espécie nativa, ardem muito facilmente. “Pode ser uma lição para percebermos que se tivermos espécies mais adequadas ao território, em princípio, os fogos existem na mesma, mas progridem de uma outra forma.”

Fogo já atingiu 10% do Parque natural da Serra da Estrela. “Estamos a falar de espécies, algumas delas, quase únicas no mundo”

Como tornar o combate mais eficaz?

António Nunes, presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, aponta dois problemas principais no combate ao incêndios em florestas e parques naturais: a falta de coordenação entre as agências e não haver um único responsável a gerir a resposta; e estas áreas não estarem preparadas para receber as viaturas de combate. Para este segundo ponto, o bombeiro apresenta a solução, mas não sem antes criticar que, mesmo depois dos incêndios de 2017, as coisas não tenham mudado.

“Os bombeiros atuam num determinado contexto e esse contexto, provavelmente, não está preparado para este tipo de incêndios”, começou por dizer na rádio Observador. “A prevenção, a organização e o planemamento para que nós, bombeiros, possamos atuar em situação de incêndio florestal é criada, não durante o incêndio, mas antes.” E especifica: são precisos mais caminhos (para que as viaturas cheguem aos locais), mais asseiros (zonas sem vegetação para cortar o avanço do fogo), mais pontos de água e, claro, dar aos bombeiros “uma capacidade operacional e de gestão de meios que evitem” as situações de falhas que se tem assistido no combate a este incêndio.

“Os parques não estão preparados para receber combates desta amplitude”, concluiu. Não se pode esperar que os meios aéreos consigam fazer o combate só por si, é preciso coordená-los com os meios no terreno, viaturas de combate e máquinas de arrasto, defendeu. António Nunes também acredita que devem ser os bombeiros a gerir a utilização dos meios de combate, ainda que a ANEPC faça a coordenação da estratégia de combate.

Qual os riscos depois do incêndio?

É preciso considerar um impacto a médio prazo: quando começarem as chuvas, toda a água que não se infiltrar imediatamente no solo, acabará por escorrer pelas encostas, despidas de vegetação que a retenha, arrastando consigo solo e pedras e aumentando a erosão na serra.

“Quando olho para o meu concelho vizinho, Manteigas, com aqueles encostas íngremes que arderam, se não forem colocadas barreiras ao longo daquelas encostas, a vila de Manteigas vai ser soterrada, com toda a matéria, com toda a água, com toda a terra, com toda a pedra, com toda a madeira, que for arrastada por aquelas encostas abaixo”, alertou Luís Tadeu, presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela.

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