- O que é o autocuidado emocional?
- Qual é a importância do autocuidado emocional para ajudar a cuidar da saúde mental?
- E quando se tem uma perturbação mental?
- Como podemos praticar o autocuidado emocional?
- Quais são as grandes barreiras a um bom autocuidado emocional?
- E como podemos descobrir estratégias mais ajustadas a cada um?
Explicador
- O que é o autocuidado emocional?
- Qual é a importância do autocuidado emocional para ajudar a cuidar da saúde mental?
- E quando se tem uma perturbação mental?
- Como podemos praticar o autocuidado emocional?
- Quais são as grandes barreiras a um bom autocuidado emocional?
- E como podemos descobrir estratégias mais ajustadas a cada um?
Explicador
O que é o autocuidado emocional?
O autocuidado é conjunto de escolhas que fazemos e de comportamentos que temos com o objetivo de cuidarmos da nossa saúde e bem-estar. Assim, o autocuidado emocional, refere-se especificamente às escolhas e comportamentos que contribuem para nos sentirmos bem psicológica e emocionalmente, cuidando da saúde mental.
Por exemplo: da mesma forma que lavar os dentes diariamente é um gesto de autocuidado que contribui para uma boa saúde oral, reservar um momento todos os dias para fazer alguma coisa de que se goste contribui para uma boa saúde mental.
Qual é a importância do autocuidado emocional para ajudar a cuidar da saúde mental?
“O autocuidado emocional permite desenvolver competências de autoconhecimento emocional que contribuem para a melhoria da autoestima, autoconfiança e autovalorização”, diz a psicóloga Susana Luz. E isso tem resultados na forma prática como cada pessoa lida com os desafios do dia a dia.
“O cuidado emocional é um direito e um dever, melhora a saúde psicológica e física, aumenta a energia, motivação, resiliência, produtividade e felicidade”, diz a psicóloga.
E quando se tem uma perturbação mental?
O autocuidado em geral e o autocuidado emocional em particular estão associados à melhoria da saúde mental, quer haja ou não uma perturbação psicológica associada.
Praticar exercício físico, evitar a solidão e ter uma boa higiene do sono têm efeitos claros na melhoria de situações como a depressão e a ansiedade. A Cochrane, uma organização sem fins lucrativos sediada no Reino Unido que produz conteúdos de alta qualidade sobre cuidados de saúde, refere que estratégias de autocuidado como exercícios de relaxamento, meditação e biblioterapia, são eficazes a promover melhorias nestas duas condições.
“O autocuidado emocional na perturbação depressiva ou perturbação da ansiedade contribui para o desenvolvimento de recursos internos que ajudam a minorar o sofrimento psicológico”, diz também Susana Luz.
Como podemos praticar o autocuidado emocional?
Diferentes pessoas — ou a mesma pessoa em diferentes fases da vida — pode ter necessidades de autocuidado diferentes. A psicóloga clínica Susana Luz indica algumas estratégias gerais que são benéficas para toda a gente:
- Estabelecer prioridades e criar uma rotina funcional entre as várias dimensões e contextos de vida importantes;
- Criar uma lista de atividades estimulantes e que dão prazer e reservar tempo para as realizar. Além de promover sentimentos de bem estar e felicidade, isso ajuda a regular os níveis de stress;
- Identificar e expressar os pensamentos e emoções que sentir, refletindo sobre o impacto que têm no comportamento;
- Criar uma rotina de sono: dormir bem é reparador e ajuda a processar as emoções e vivências do dia a dia;
- Envolver-se em relações positivas com familiares/amigos/colegas que a/o estimulem, respeitem e valorizem;
- Praticar a gratidão e a compaixão consigo mesmo e com os outros;
- Estabelecer limites/fronteiras saudáveis na relação com os outros — por exemplo, saber dizer “não”;
- Praticar exercícios de respiração e relaxamento focando-se no “aqui e agora”. Isso fortalece o autocontrolo e regulação emocional.
Quais são as grandes barreiras a um bom autocuidado emocional?
A psicóloga Susana Luz diz que há duas barreiras que muito frequentemente encontra em consulta:
- Uma gestão do tempo desequilibrada. “Não raras vezes o autocuidado emocional está num plano secundário ou inexistente, não é prioritário e fica refém da possibilidade de tempo extra, que na maioria das vezes não se concretiza.”
- Os sentimentos de culpa e a sensação de de estar a ser egoísta. “Muito frequentemente manifestados por pais ou cuidadores. Cuidar do outro não deve significar negligenciar-se a si mesmo.”
E como podemos descobrir estratégias mais ajustadas a cada um?
Essa escolha, explica Susana Luz, depende das necessidades e motivações individuais. “Por exemplo, alguém que procure reduzir os níveis de ansiedade, poderá optar por dar prioridade a atividades que contemplem técnicas de respiração e relaxamento.” Por outro lado, “alguém cuja motivação é aumentar o contacto social, pode envolver-se em atividades sociais e de grupo, por exemplo dança, grupos de leitura, ações de formação presencial, tornar-se mais proativo na vida social, desportos de grupo, etc.”
A psicóloga refere que há algumas perguntas que cada um pode fazer a si próprio para tentar escolher que estratégias de autocuidado melhor se adequam às suas necessidades e motivações:
- “Como me sinto?”
- “O que me faria sentir melhor?”
- “Como me vejo nas várias dimensões e contextos da minha vida? Gostaria de mudar alguma coisa? O quê? Como?”