O Congresso dos Estados Unidos não vai votar uma proposta que criminaliza atos que ponham em causa a versão oficial do 11 de setembro, ao contrário do que indica uma notícia adulterada do jornal norte-americano New York Post.
Nos últimos dias, a notícia manipulada tornou-se viral nas redes sociais. Vários utilizadores partilham um recorte com todas as características de uma notícia verdadeira do New York Post. Mas o título foi digitalmente alterado e foi acrescentada uma fotografia do momento em que um dos aviões embate contra as Torres Gémeas.
A manipulação foi feita a partir de uma notícia sobre Harvey Weinstein, disponível no site oficial do New York Post. A publicação falsa nas redes sociais mostra os mesmos autores, a mesma data e a mesma hora. Apenas o título e a imagem foram alterados. A fotografia do 11 de setembro utilizada também é verdadeira e está disponível no site da Getty.
Se pesquisarmos o título em questão no site do jornal norte-americano, não surge qualquer resultado.
Ao mesmo tempo, não há qualquer registo ou notícia de que o Congresso dos Estados Unidos vá votar qualquer proposta que criminaliza atos que ponham em causa a versão oficial do ataque terrorista.
Conclusão
Conteúdo manipulado. O Congresso norte-americano não vai votar uma proposta que criminaliza atos que ponham em causa a versão oficial do 11 de setembro. A informação tornou-se viral nas redes sociais através de uma montagem digital, que faz parecer que o jornal norte-americano New York Post divulgou a informação. No site do jornal norte-americano não é feita qualquer referência a tal votação e não há indicação de que o Congresso dos Estados Unidos vá avançar nesse sentido.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.