Todos conhecem a história. Se atirarmos um sapo para dentro de uma panela com água a ferver, ele dá um salto e safa-se. Se o colocarmos numa panela com água que vamos aquecendo lentamente, ele deixa-se estar até ficar inerte e acabar por morrer.
Portugal está a chegar ao ponto do sapo que se deixa ficar dentro da panela e nada o ilustra melhor do que o Orçamento do Estado para 2020. Sei que há mais quem pense que estamos a adormecer dentro da panela, mas ao contrário desses nem acho que o maior risco seja chegar uma crise e de repente saltarmos para o lume – o maior risco é mesmo ficarmos a morrer lentamente e felizes da vida.
As duas discussões dos últimos dias são um bom exemplo disso. Refiro-me à teimosia do ministro da Finanças em reconhecer que a carga fiscal tem vindo a subir e vai continuar a subir e à incapacidade de toda a esquerda enfrentar a realidade retratada no relatório do Tribunal de Contas sobre o hospital PPP de Vila Franca de Xira.
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