Têm sido várias as análises sobre a eleição de André Ventura e a chegada da extrema-direita ao Parlamento. Uma das questões que se tem colocado é até que ponto é que um discurso xenófobo e populista poderá ter eco e “massa crítica” no país e na sociedade Portuguesa. O líder do Chega acredita que tem força suficiente para triplicar a sua presença no Parlamento nos próximos 4 anos e tornar-se numa das principais forças políticas dentro de 8. Será? O que nos distingue de outros países Europeus que justifica a ausência de movimentos populistas e de extrema-direita em Portugal? Existe em Portugal esse espaço por ocupar?
Para responder a esta questão destaco duas questões polémicas, que sustentaram uma boa parte da campanha e discurso do Chega e de André Ventura: a sua conhecida retórica anti-cigana, e a obsessão com as questões do fundamentalismo islâmico, das migrações, da segurança e das fronteiras.
Em relação à primeira, por diversas vezes na comunicação social, André Ventura, afirmou que “há minorias neste país que acham que estão acima da Lei” referindo-se à minoria cigana que segundo o próprio, não trabalham, vivem exclusivamente do RSI, ocupam casas ilegalmente e vivem da subsidiodependência. André Ventura apresenta-se como o líder que não tem medo de “chamar os bois pelos nomes” e de colocar o dedo numa ferida nacional na qual ninguém ousa tocar.
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