Hoje é 11 de Setembro de 2024, vigésimo terceiro aniversário do atentado ao World Trade Center, em Nova Iorque. Um acto criminoso perpetrado por fãs de uma ideologia que despreza os valores fundamentais do ocidente e pretende impor uma nova ordem totalitária. Já que falo nisso, ainda há escassos dias assinalou-se, também, a não-sei-quantésima edição da Festa do Avante.

Há quem considere a Festa do Avante um momento lamentável de celebração de uma ideologia que provocou morte e destruição como nenhuma outra no século XX. É gente limitada. É gente que não vê que a Festa do Avante é, também, um momento lamentável de celebração de má música. Além de ser, igualmente, aquele momento anual que recorda algo de lamentável e que a maior parte de nós prefere ignorar: que, bem ao contrário do que adoramos fantasiar, o ser humano não aprecia nada ser livre. Quer é ter quem tome conta de si. Então se for uma ideologia que promete tratar da vidinha toda, do berço à cova, perfeito. Entra o comunismo, a Festa do Avante e as significativas multidões que a ele e a ela ainda aderem.

Outros seres humanos há que, devendo estar confinados, fazem muita questão de estar livres. Vide os cinco reclusos que fugiram da prisão de Vale de Judeus. Fuga que me levanta, desde logo, uma questão. Como é que havemos de conseguir reter gente qualificada nas empresas do país, se nem conseguimos reter gente desqualificada nas cadeias do país? E não me digam que o problema é as cadeias, como a de Vale de Judeus, não terem condições. Como ficou provado sábado passado, se apetecesse aos reclusos saírem todos de Vale de Judeus, saiam. Se as condições fossem assim tão más, já só lá estavam dois detidos: um paraplégico e outro portador de climacofobia (eu também pensava que era fobia ao Eládio Clímaco, mas não, é fobia de subir e descer escadas)

O problema pode estar, isso sim, na gestão das nossas cadeias. E não será tanto o problema das saídas precárias, mas mais estas saídas claramente definitivas. Saídas definitivas que fazem das entradas, essas sim, precárias. Já para não mencionar que três dos cinco fugitivos são estrangeiros. Ou seja, isto são criminosos que vêm lá de foram roubar o lugar na cadeira aos nossos criminosos. Que os temos, tantos e tão bons, e igualmente merecedores de cama (de pedra), tecto (todo cheio de humidades) e roupa lavada (com sabão azul e branco, em dias de visita).

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Entretanto, dos fugitivos nem rasto. São mestres das escondidas, estes meliantes, hein. Como é que, em escassas três horas, tiveram tempo para se esconder das autoridades? Está certo que as autoridades contaram, não até aos habituais dez, como é costume no jogo das escondidas, mas até vinte e nove milhões, seiscentos e cinquenta e três mil, oitocentos e quarenta e sete vírgula noventa e um, mas ainda assim é preciso ser mestre da camuflagem.

Por curiosidade. Procuraram-nos na Festa do Avante? É só uma pergunta, mais ou menos inocente. Afinal, o festejo tão concorrido de uma ideologia responsável por tamanhos crimes podia ter deixado os cinco criminosos com uma curiosidade incontrolável. Além de que, segundo julgo saber, nenhum dos fugitivos é judeu. Se fosse, jamais o apanhavam na Festa do Avante, onde havia tanta bandeira da Palestina que já chegaram ao PCP encomendas de material vindas da Faixa de Gaza.

Coloco a questão também por me ter parecido curiosa a coincidência dos presidiários terem fugido galgado um muro, e logo depois o líder do PCP, Paulo Raimundo, ter referido esse mesmo tipo de infra-estrutra para avisar o PS, a propósito do Orçamento do Estado, que “não se pode ficar em cima do muro”. Hum… Só mesmo por não ser a Margarida Rebelo Pinto é que fico convencido de se tratar de uma coincidência.

Sendo que, para o PCP, uma coisa é garantida. A culpa de qualquer problema que tenha existido, exista, ou venha a existir, na cadeia de Vale de Judeus, não será nunca da cadeia em si, nem sequer do Vale, e muito menos do de. A culpa será sempre dos judeus.