Começa esta sexta-feira a quarta edição do Belém Art Fest, o festival dos museus à noite. Durante dois dias, alguma da melhor música portuguesa vai encher os claustros do Mosteiro dos Jerónimos e o espaço do Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa. Mas não só. Há muito mais para ver e ouvir.
No dia 15 de maio, o grande destaque vai para António Zambujo. O músico, que encabeça a edição deste ano do festival, vai levar ao palco o seu mais recente álbum, Rua da Emenda, editado em novembro do ano passado. António Zambujo nasceu em Beja, em 1975. Foi ainda em pequeno que se deixou deslumbrar pelas vozes de fadistas como Amália Rodrigues ou Maria Teresa Noronha. O cante alentejano, presença constante na sua infância, é a par com o Fado uma das suas maiores influências musicais.
No dia seguinte, também nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, subirão ao palco os Dead Combo. A dupla Tó Trips e Pedro Gonçalves irá apresentar o já não tão recente A Bunch of Meninos, o último álbum de originais lançado em 2014.
Não muito longe dali, no Museu Nacional de Arqueologia, irão atuar no dia 15 os Lotus Fever, uma mistura de sonoridades tão distintas que vão desde o rock progressivo à música eletrónica. No dia 16, no mesmo palco, será a vez das Golden Slumbers, duas irmãs com uma grande paixão pela música folk.
Na sexta-feira, no palco do Museu Coleção Berardo, no Centro Cultural de Belém, há Mimicat e, a fechar a noite, o Dj Set Quem és tu, Laura Santos. No dia seguinte, o destaque vai para os Gospell Colletive, com Marta Pereira da Costa na guitarra portuguesa, e para o Dj Kamala, figura incontornável do panorama nacional da música de dança.
O que mais há para ver?
Mas a festa não se faz apenas dentro dos museus. Pela primeira vez, o festival alargou o recinto até ao Jardim da Praça do Império onde, para além de concertos, haverá espetáculos de dança e um mercado gourmet e de design.
No dia 16, no Museu Berardo, Diogo Faro e Guilherme Fonseca vão apresentar “Não, não somos irmãos!”, um projeto conjunto de stand up comedy. Esta é a primeira vez que o festival acolhe um espetáculo do género.
Uma outra novidade da quarta edição do Belém Art Fest é a colaboração com o Instituto Gulbenkian de Ciência e com o Pavilhão do Conhecimento. As duas instituições levarão até ao festival atividades científicas relacionadas com as reações do cérebro à luz e ao som. Os visitantes vão poder realizar várias experiências, que os ajudarão a compreender melhor a reação do cérebro a estímulos particulares, determinados pelo música e pela imagem.
Quem quiser assistir a tudo isto deve levar na carteira 15 euros, se quiser ir um dia, ou 20 euros, se preferir comprar o passe de dois dias.