O presidente da Bolívia, Evo Morales, fez uma curta visita a Caracas este fim de semana, aproveitando para reiterar todo o apoio e solidariedade ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, segundo divulgaram os media locais. Durante a sua visita, que ocorreu no sábado, Evo Morales expressou “toda a solidariedade e todo o apoio do povo da Bolívia” e saudou os exercícios militares supervisionados por Nicolas Maduro nos dias anteriores.

Recentemente, os dois países têm vivido instabilidade política: Evo Morales perdeu um referendo que lhe abriria portas a mais um mandato (atribuindo culpas à direita) e Nicolás Maduro pode vir a enfrentar um referendo para a sua destituição, numa altura em que está a enfrentar um crescente descontentamento público.

A visita do presidente da Bolívia aconteceu numa paragem no seu regresso de uma viagem a Cuba, onde decorreram conversações com os líderes comunistas cubistas, o presidente Raúl Castro e o seu irmão, Fidel Castro. A oposição venezuelana lançou um processo para um referendo sobre a revogação do mandato do presidente, Nicolás Maduro, que só termina em 2019.

Maduro rejeita a possibilidade e, na sexta-feira, anunciou a realização de uma série de exercícios militares para preparar o país para a eventualidade de “um golpe de Estado” ou uma intervenção de “exércitos estrangeiros”.

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A 14 de maio, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prolongou por 120 dias o “estado de exceção e emergência económica” em vigor desde fevereiro, mas que agora passa a incluir também medidas para “garantir a soberania” perante agressões internacionais.

A oposição considera que o decreto pode restringir garantias constitucionais e aprofundar a intervenção do Estado nas empresas privadas, além de estar redigido de maneira a outorgar a Nicolás Maduro poderes especiais.

Já para o Governo venezuelano, o decreto tem como finalidade combater a “guerra económica”, “construir uma Venezuela produtiva e independente” e enfrentar a conjuntura adversa suscitada pela queda dos preços do petróleo, a principal fonte de receitas, em moeda estrangeira, do país.