Os sete partidos com representação parlamentar gastaram perto de dez milhões de euros na campanha eleitoral para as legislativas de 2015, com a coligação que juntou PSD/CDS-PP com despesas superiores a quatro milhões de euros.

De acordo com as contas da campanha eleitoral divulgadas hoje no ‘site’ da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, a coligação Portugal à Frente apresentou despesas no valor de 4,3 milhões de euros, cerca de um milhão e meio de euros mais do que o apresentado no orçamento de campanha (2,8 milhões de euros).

PSD e CDS-PP, que concorreram coligados em Portugal continental e nos círculos da emigração, elegeram 107 deputados (PSD com 89 e CDS-PP com 18) vencendo as eleições.

O PS gastou 3,228 milhões de euros, igualmente cerca de mais um milhão e meio de euros do valor estimado no orçamento de campanha (perto de 2,6 milhões de euros). Nas legislativas de 04 de outubro, os socialistas elegeram 86 deputados, ficando em segundo lugar.

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A coligação CDU, que integrava o PCP e o PEV, apresentou despesas no valor de 1,425 milhões de euros, ficando cerca de 75 mil euros abaixo do valor orçamentado. O PCP conseguiu 15 lugares no parlamento, enquanto o PEV ficou com dois parlamentares.

O Bloco de Esquerda, a terceira força política mais votada com 19 deputados, gastou perto de 840 mil euros, ou seja, mais 240 mil euros do que previa.

As despesas do PAN – Pessoas, Animais, Natureza, que elegeu pela primeira vez um deputado nas legislativas de 04 de outubro de 2015, foram pouco superiores a 32 mil euros. No orçamento apresentado antes das eleições, o PAN tinha inscrito 30 mil euros.

Além das despesas da coligação Portugal à Frente, o PSD apresentou as contas relativas às campanhas nos círculos da Madeira e dos Açores, onde gastou cerca de 307 mil euros. Já o CDS-PP, na campanha da Madeira, utilizou cerca de 86 mil euros e perto de 70 mil euros nos Açores, onde se apresentou coligado com o PPM.

O Livre/Tempo de Avançar e o Partido Democrático Republicano (PDR) foram os partidos que mais gastaram entre os que não conseguiram eleger qualquer deputado nas eleições. O Livre/Tempo de Avançar gastou cerca de 130 mil euros, enquanto o PDR teve despesas de 126 mil euros.

O Partido Nacional Renovador (PNR) foi o partido que menos gastou – pouco mais de quatro mil euros – enquanto a coligação Agir (que junta PTP e MAS) apresentou despesas de pouco mais de sete mil euros.

Entre os restantes partidos que não elegeram qualquer deputado, o PCTP/MRPP gastou cerca de 68 mil euros, MPT-Partido da Terra pouco mais de 45 mil euros, o Partido Trabalhista Português (PTP) perto de 40 mil euros e o Nós, Cidadãos cerca de 34 mil euros.

O Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) teve despesas de quase dez mil euros, o Juntos pelo Povo perto de nove mil euros e o Partido Popular Monárquico pouco mais de sete mil euros.