O arquiteto português Eduardo Souto de Moura apresentou hoje em Maputo “Oscilações”, uma exposição que junta 34 das suas obras e projetos ao longo de mais de três décadas de trabalho.

“Este trabalho sistematiza e classifica as minhas obras”, disse Eduardo Souto de Moura, falando durante a cerimónia de inauguração da exposição no Centro Cultural Português, em Maputo.

A exposição é uma retrospetiva dos últimos 30 anos do trabalho do arquiteto, uma leitura da obra de Eduardo Souto de Moura mediante um conjunto de projetos e obras organizadas em sete painéis, entre casas, torres, infraestruturas, concursos, instalações e reabilitações.

Para o arquiteto português Jorge Figueira, que apresentou a exposição, a obra de Souto de Moura conjuga “diferença e discrepância”, além de representar “o melhor que há em arquitetura nos últimos tempos”.

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“A ideia de trazer Eduardo Souto de Moura a Maputo é muito feliz e cruza as experiências dos dois povos”, disse à Lusa Jorge Figueira, acrescentando que a arquitetura em Moçambique está ainda em desenvolvimento e iniciativas similares são importantes para a consolidação da área.

O arquiteto moçambicano José Forjaz disse à Lusa que trazer a Moçambique um “arquiteto admirável” como Eduardo Souto de Moura é uma “iniciativa louvável” e o país, tendo uma arquitetura ainda em consolidação, tem muito a ganhar com o cruzamento de experiências diferentes.

“É um arquiteto com uma forte capacidade inventiva e com uma grande qualidade espacial”, observou Forjaz, acrescentando que o intercâmbio com arquitetos como Eduardo Souto de Moura pode garantir o desenvolvimento da área, principalmente no que respeita à formação de quadros.