O parlamento israelita aprovou nesta segunda-feira legislação que legaliza cerca de 4.000 casas construídas em colonatos situados na Margem Ocidental do rio Jordão, com 60 votos a favor e 52 contra. O diploma prevê o direito a indemnização dos proprietários palestinianos dos terrenos privados onde se encontram os imóveis, numa zona que Israel ocupa desde 1967.

A nova legislação, aprovada pelos deputados eleitos pelos principais partidos que apoiam o Governo de Benjamin Netanyahu, entre eles o Likud e o Yisrael Beitenu, é controversa. Após a aprovação, o procurador geral de Israel, Avichai Mandelblit, avisou que uma parte das normas são ilegais, enquanto a oposição avisou que o diploma pode abrir o caminho a um processo contra Israel no Tribunal Penal Internacional. Para o secretário-geral da Organização de Libertação da Palestina (OLP), a lei “legaliza o roubo de terra palestiniana”.

O primeiro-ministro israelita adiou a votação até que Barack Obama abandonasse a Casa Branca, já que o ex-presidente dos Estados Unidos era crítico da construção de colunatos. Netanyahu chegou a planear a realização da votação apenas após a visita que fará aos Estados Unidos durante a próxima semana, de forma a poder discutir a medida com Donald Trump, mas acabou por ceder à pressão dos partidos que integram a coligação que atualmente governa Israel.

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