O XXV Congresso da Internacional Socialista (IS) “exigiu” ao Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a libertação dos presos políticos, condenando ainda a violação “sistemática” dos direitos humanos nesse país.
Numa declaração no final do Congresso — que terminou no sábado, ao fim de três dias e reuniu cerca de 350 delegados de diferentes países em Cartagena das Índias, na Colômbia – a IS rejeitou de “forma veemente a sistemática violação dos direitos humanos, que se configura numa política de Estado”.
Além disso, os delegados reiteraram a sua “profunda preocupação relativamente à grave crise política, económica e social que a Venezuela atravessa como consequência de políticas económicas e sociais erradas”.
O antigo presidente da Assembleia Nacional (parlamento) e líder da oposição Henry Ramos Allup já tinha alertado, na sua intervenção na quinta-feira, o Congresso da IS para a “extrema miséria” que se vive no seu país.
“Na Venezuela, olhar para o futuro é olhar para a escuridão”, disse, denunciando que no país “há pessoas que vão procurar comida nos caixotes do lixo”.
A surpresa do Congresso foi o Partido Socialista do Uruguai que se retirou da Internacional Socialista devido ao que qualificou de “deterioração” do organismo.
O XXV Congresso da IS terminou ainda com uma declaração condenando o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo seu “desprezo” pelo México, e a sua decisão de “construir um muro na fronteira” entre os dois países e reprovou “qualquer ação destinada a penalizar economicamente os mexicanos, com o objetivo de suportar os custos de construção do dito muro”.
O congresso da IS instou ainda à convocação imediata de uma “reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade Ibero-Americana de Nações no México para abordar esta questão de forma conjunta e promover uma posição de apoio ao país”.
O próximo Congresso da Internacional Socialista realizar-se-á dentro de quatro anos num país europeu ainda por definir.