Os líderes dos três partidos que vão integrar a coligação do próximo Governo timorense estão esta terça-feira reunidos, num encontro que poderá ser decisivo para a formação do executivo.

O encontro, em que participam os líderes da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), Partido Democrático (PD) e Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO), começou às 18:00 (10:00 em Lisboa) na sede da Fretilin, o partido mais votado nas eleições de 22 de julho.

Para já, o único dado conhecido é que o VII Governo Constitucional deverá ser liderado por Mari Alkatiri, secretário-geral da Fretilin, cuja nomeação como primeiro-ministro foi indigitada pelo Comité Central do partido.

Não são ainda conhecidos outros pormenores sobre a composição do executivo, apesar de Alkatiri ter insistido nas últimas semanas que quer um Governo pequeno.

Fontes da Fretilin apontam um esqueleto de Governo com cerca de uma dúzia de ministérios, a participação de elementos dos três partidos da coligação e, eventualmente, de outras individualidades tidas como independentes.

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Fonte da Presidência confirmou à Lusa que os líderes dos três partidos devem ser recebidos na tarde de quarta-feira pelo Presidente, Francisco Guterres Lu Olo, a quem deverão dar conhecimento do conteúdo da reunião desta terça-feira.

A questão da formação do Governo está a condicionar em parte a agenda do chefe de Estado, que tinha prevista uma visita a Nova Iorque para participar na Assembleia-Geral da ONU, que decorre de 20 a 26 de setembro.

Fonte da Presidência disse à Lusa que o chefe de Estado só deverá decidir na quarta-feira se vai ou não às Nações Unidas, naquela que seria a sua primeira deslocação ao estrangeiro desde que tomou posse em maio.

Quase dois meses depois das eleições legislativas, Timor Leste continua à espera do próximo Governo, que terá, imediatamente depois de tomar posse, de aprovar um orçamento retificativo para 2017 e o Orçamento Geral do Estado para o próximo ano.