Dois cidadãos nepaleses e um português foram esta quinta-feira condenados pelo Tribunal de Santarém a penas de 13 e 14 anos de prisão pela autoria, em concorrência, de 23 crimes de tráfico de pessoas. A presidente do coletivo de juízes, Cristina Almeida, considerou a atuação dos três réus “gravíssima”.

A magistrada descreveu como “atentatória da dignidade humana” a forma como viviam os 23 trabalhadores encontrados durante uma operação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) realizada em julho de 2016 numa herdade agrícola em Paço dos Negros (Almeirim).

Os três foram condenados a quatro anos de prisão por cada um dos 23 crimes, tendo o cúmulo jurídico resultado na condenação de Nabin Giri, proprietário da empresa Estimamundo, e de Pedro Vital, dono da Herdade dos Morangos, a 14 anos de prisão e de Upendra Paudel (funcionário do primeiro) a 13 anos de prisão, tendo ainda o tribunal determinado a dissolução das duas sociedades.

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