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Youtubers: os cronistas da nova geração, também em livro

Afirmaram-se na internet com muitos seguidores. E há os que, como Miguel Luz, agora editam livros. Nuno Costa Santos quis saber mais sobre este universo, para o entender e ser admirado pelos filhos.

Ao cheirar as novidades de uma livraria de um centro comercial lisboeta com nome de navegador genovês, percebi haver um livro novo em destaque: Curso Intensivo para Sobreviveres à Escola – Um guia completo da escola sob a visão de um puto moderadamente totó (Manuscrito, 2016). Topei ser da autoria de Miguel Luz, destacado youtuber (info extremamente esclarecedora para pessoas com mais de 40 anos: youtuber é alguém que faz vídeos para o Youtube. Obrigado). Eterno estudante, resolvi folheá-lo.

Diga-se que também o fiz por me interessar em geral o mundo internético – ou o mundo, se preferirem. E, razão decisiva, porque sou pai de dois pré-adolescentes. Em vez de tecer loas à Elena Ferrante (qualquer um o faz, em busca de like intelectual), resolvi ser respeitado em casa, pelos meus filhos, espreitando a obra de um dos seus mitos vivos.

miguel luz

“Curso Intensivo para Sobreviveres à Escola”, de Miguel Luz, 208 páginas (Manuscrito)

Quando, durante uma viagem de carro, lhes comuniquei que havia entrevistado Miguel Luz percebi, através da reacção de um deles, que tinha enviado uma série de perguntas a Deus. E que Deus tinha encontrado um tempo para mim. Portanto, por uma vez eu próprio beneficiava um bocadinho desse estatuto.

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Depois de espreitar o livro, fui espreitar os vídeos. O que o antecedeu e preparou: o seu tom dominante de comédia de costumes, feita por alguém com afilado sentido de observação e o timing necessário à arte de fazer rir. Miguel Luz é um cronista da geração que cresceu com a internet mas que continuou a habitar o quotidiano para além do virtual. Alguém que só precisava de uma câmara de vídeo e de uma ligação à rede para difundir a vontade e o talento em apontar os tiques e as manias das pessoas da sua idade.

Em 2008, quando tinha dez anos, começou a fazer vídeos para o Youtube. Sim, Miguel Luz, que já vimos com uma cara e uma voz infantis e que hoje tem a timbre e o rosto de um rapaz de 18 anos, está “a crescer em público”, para usar uma expressão de Lou Reed, há oito anos. Como o rapaz de “Boyhood”, Ellar Coltrane, cujas mudanças físicas foram sendo filmadas à medida que se ia aproximando da maioridade. A única diferença é que Luz é o Linklater de si próprio.

No início Miguel fez-se acompanhar de um amigo e a principal influência de ambos era um programa de televisão no qual os protagonistas faziam transmissões em directo para a internet de conteúdos humorísticos: “Fomos fazendo umas coisas em que pedia ao meu tio para filmar que se foram tornando mais elaboradas à medida que o tempo passava. Começámos a escrever guiões, dar mais atenção aos planos e pormenores e, quando fomos para escolas diferentes e deixámos de fazer tantos vídeos, decidi criar o meu canal”.

Quando, durante uma viagem de carro, comuniquei aos meus filhos que havia entrevistado Miguel Luz percebi, através da reacção de um deles, que tinha enviado uma série de perguntas a Deus. E que Deus tinha encontrado um tempo para mim. Portanto, por uma vez eu próprio beneficiava um bocadinho desse estatuto.

Por volta de 2012 começou a sentir que o seu trabalho estava a chegar a muita gente. O que, diz, não o mudou nem o fez deixar de abordar o que quer que quisesse ou achasse engraçado. “Mantive-me a fazer as coisas tão espontaneamente parvas como no início, só que mais elaboradas e com mais pessoas aparentemente interessadas na minha parvoíce.”

O estilo

Uma mistura entre mordacidade e auto depreciação com alguns respingos de nonsense — é aí que consegue encontrar a sua voz. Com mais de 300 mil subscritores, diz que não tem como objectivo fazer vídeos virais e preferir o caminho das experiências mas que “é obviamente uma boa sensação” quando isso acontece. Tem sucedido em especial com as paródias musicais, nas quais transforma a letra de uma música para fazer uma sátira (já usou para o efeito temas de gente tão distante como os One Direction e Sam The Kid).

Nota-se que as referências de Luz têm, como é natural, mudado ao longo dos anos. Agora fala recorrentemente das fotografias da modelo Sara Sampaio, da discoteca lisboeta Urban e desse charme que passa de geração em geração e que se chama arte de “bater couro”. E vão surgindo, aqui e ali, objectos culturais, sempre em contexto jocoso. Num dos vídeos faz um comentário, enquanto tenta vestir umas calças sem usar as mãos: “Eu senti-me tipo o ‘Baltazar’ do ‘Memorial do Convento’ só que pior”. As calças são da Pepe Jeans, o que mostra que, dadas as visualizações em barda, já há patrocinadores em cena.

Um dos temas recorrentes desta estrela em idade estudantil é, claro, o território escolar – ele que acaba de terminar o 12.º ano. É o assumido autor de vídeos conhecidos como “Fizeram o TPC???”, de 2014, com desculpas estapafúrdias intemporais – tangas, sim – para dar aos professores quando se trocou o esforço escolar doméstico por outra coisa qualquer.

Dois anos antes havia publicado o também muito visto e partilhado “5 tipos de stores!”, no qual descreve a fauna professoral que compreende desde “a stora que marca sempre TPCs” até à “stora que não sabe dar matéria e põe os alunos a fazer actividades desnecessárias” passando pela “stora de música que passava a vida a falar do sobrinho e do tráfico de coca-cola entre Espanha e Portugal”. Gente conhecida, portanto.

Note-se que ele demorou algum tempo a responder às perguntas porque estava a experimentar o extraordinário glamour que é a realização dos exames. Caso tenha recebido alguma nota, desconhecemos a reacção que teve. Ou por outra: em que modalidade de cromo escolar – incendiário, mocado, amuado, etc. — se inscreve. Ele que os elencou neste vídeo de 2013, intitulado “Reações ao receber testes”.

Youtube na Academia

Rodrigo Almeida e Sousa, escritor e investigador académico com um PhD em Comunicação Audiovisual (Universidad Complutense de Madrid), olha o fenómeno dos youtubers, que acompanha pontualmente, por curiosidade, como uma expressão típica da era que a Time anunciou em 2006, quando escolheu “Tu” como personalidade do ano. “Após um longo processo de autonomização do indivíduo comum, desde a denominada Era do Conhecimento, em que o trabalhador passou a ter mais independência na sociedade das organizações, por meio da educação formal e experiência técnica e especializada, a transição para o século XXI trouxe-nos um panorama ainda mais surpreendente, uma rede de informação global a funcionar com grande eficiência, rapidez, interconexão em tempo real, assim como dispositivos digitais de alta definição a preços acessíveis, software user-friendly e aplicações cada vez mais personalizadas”. O Eu Trabalhador/Consumidor passou a deter meios de produção que antes só as Organizações detinham. “Passou a ter possibilidades de se converter num Eu Produtor, ou num Tu”. E isso manifesta-se especialmente na criação artística, de opinião, de entretenimento. “Os youtubers são um bom exemplo”, diz.

O indivíduo comum nunca foi tão venerado como hoje. “Os próprios artistas consagrados, personalidades da cultura e da política querem ser como ele”. “E o que fantasiamos que é?”, pergunta Rodrigo Almeida e Sousa. E responde: “Para nós, ele é a mãe, como Tianne King, que faz coreografias musicais com a filha, Heaven, o passageiro desafortunado que, após perder o último avião, passa a noite no aeroporto a fazer um videoclip com a canção ‘All By Myself’, de Celine Dion, o polícia de Denver que deixa de lado a sua figura institucional e se filma a simular êxitos musicais, que é diversão da moda, o lip sync”.

Num vídeo de 2015, Nurb sublinha a intimidade que se cria entre quem diz e quem vê: “A cena do youtuber é que se cria uma relação fixe com as pessoas. Que não se cria na televisão. Um miúdo que segue um youtuber sente que o youtuber está a falar para ele”.

São estes alguns dos vídeos virais mais destacados pela Time e pela Forbes de 2014 e 2015. “Por isso, também Jennifer Lopez, Adele e Justin Bieber se deixam passear pelo James Corden a caminho do trabalho, Jimmy Fallon, Emma Stone, Will Ferrel, Kevin Hart fazem lip sync battles, Obama canta para a mulher e apresenta o seu sistema de saúde com chalaças como se estivesse numa conversa de café”. São todos indivíduos comuns – algo que aparentemente significa praticar actividades diárias a cantar, dançar, coreografar.

Quanto aos youtubers em especial, Rodrigo Almeida e Sousa valoriza a dimensão de trabalho. O indivíduo comum, na qualidade de “Eu Produtor”, passou a deter os meios e a ter muito trabalho. Almeida e Sousa refere que todos os estudos sobre criatividade descartam a hipótese de resultados contínuos serem obtidos com base no talento espontâneo. “Eles devem fazer o mesmo que nós fazemos quando escrevemos livros. Praticamos, aprendemos técnicas, imitamo-nos uns aos outros, até fazermos algo mais nosso e a coisa correr bem”.

Algum youtuber que o impressione em especial? Rodrigo não conhece os gamers – aqueles que produzem vídeos para o youtube com as suas jogatanas virtuais comentadas (a propósito: a Atlantic publicou um artigo sobre um youtuber sueco que tem mais seguidores do que a população do Peru). Mas segue os críticos de costumes: “O Miguel Luz e a avó, obviamente, o Nurb e o Diogo Sena, criador do vídeo ‘Sporting That I Used to Know’. São todos brilhantes”.

Um dos mais conhecidos da praceta internática, Feromonas – nome civil, Miguel Campos — tem como uma das suas marcas os desafios que faz. Há um ano o Observador publicou um artigo sobre este youtuber, apresentado na altura como tendo mais de 2 milhões e meio de seguidores e que, no momento em que este texto é escrito, aglomera mais de 3 milhões de fãs. A peça surgiu a propósito do livro que editou, tal como Miguel Luz, na Manuscrito: o Livro do Feromonas – 35 Desafios Fenomásticos para Partilhares nas Redes Sociais. O volume é exactamente como se apresenta: um apelo a que os leitores cumpram os desafios propostos, que os registem em fotografia ou em vídeo e que depois, através de palavrinhas-chave usada para categorizar os conteúdos (sim, essa história das #hashtags), os partilhem online.

Nos popularíssimos vídeos de Feromonas o pai também vai comparecendo e sendo desafiado. Cita-se, sem retoques verbais, um dos desafios: “Eu começar por dizer uma palavra e logo a seguir o meu pai vai ter de dizer uma palavra que seja parecida ou um sinónimo. Algo que seja super rápido”. Não há tempo para pensar. No fim, quem não conseguir dizer uma palavra, perde. E “tem de levar com fita-cola na cara”. É este o destino paterno, meus caros. Noutras vezes o desafio é auto-imposto. Nova citação feromoniana: “Desafio ‘vou passar vários vídeos engraçados e se eu me rir vou ter de comer um feijão destes, que sabe mal’”.

Nurb, praticante de um humor mais, digamos, desbragado, é uma das referências que se afirmaram no youtube (tem mais de 200 mil seguidores). Num vídeo de 2015 sublinha a intimidade que se cria entre quem diz e quem vê: “A cena do youtuber é que se cria uma relação fixe com as pessoas. Que não se cria na televisão. Um miúdo que segue um youtuber sente que o youtuber está a falar para ele”. Hoje está dedicado a outras actividades na televisão, na publicidade e na representação (entrou, por exemplo, no filme “Ruas Rivais”). Agora dá início a uma participação no canal Biggs onde irá dar conselhos estivais.

O autor de um vídeo bastante ácido no qual desmonta vacas sagradas da literatura portuguesa publicou recentemente outro, sarcástico-irónico, no qual afirma que já não é youtuber, não se identificando com o registo dos gamers e das “meninas da maquilhagem”.

Das coisas literárias

Curso Intensivo para Sobreviveres à Escola, percebi-o depois de uma pesquisa, enquadra-se numa tendência internacional de edição de livros de estrelas internéticas. É um livro de humor, com várias respirações gráficas e ilustrações, e um prolongamento escrito do que o autor anda a fazer há anos na internet. Começa nestes termos: “Sejam bem vindos à melhor altura das vossas vidas… como dizem os cotas”. A ideia veio da editora Manuscrito. Miguel aceitou e foi escrevendo durante um ano. O novel escriba tem hábitos de leitura? Alguns. Mas gostava de ler mais. “Neste momento estou a ler o ‘Admirável Mundo Novo’ e estou a gostar bastante”.

O tema desta “espécie de manual de sobrevivência para o pessoal que anda na escola”, surgiu com naturalidade, até porque é o que vive todos os dias. “Baseei-me no que eu e os meus amigos vivemos durante o secundário, se bem que alguém com mais de 18 anos também pode ler o meu livro, bem como alguém de 15”. Calma. Antes que seja acusado de niilismo e juvenil, Miguel Luz deixa uma nota: “A escola é um privilégio, começo já por dizer isso”. Obrigado, Miguel, este pai fica descansado. O remate ainda tranquiliza mais: “Mas isso não me impede de escrever catorze capítulos a disparatar sobre ela, especialmente porque esses disparates contêm muita verdade”. Faz sentido. Estivemos todos lá.

Este manual de maus e divertidos costumes na escola, essa “seca que vale a pena”, estando nas livrarias há três meses, já vendeu 4000 exemplares e vai na quarta edição. Rodrigo Almeida e Sousa olha assim para o fenómeno: “Não me parece que seja muito diferente do dos livros feitos por celebridades. Os livros, hoje, são um suporte secundário, mas não deixam de ter a sua função”.

A propósito do sono, em especial no período escolar, Luz faz densas considerações de ordem religiosa. “Eu gostava de saber porque é que de manhã tenho vontade de me converter ao cristianismo só para pedir a Deus para poder ficar na cama mais um bocado mas, à noite, já me apetecer voltar a ser ateu porque o gajo não me dá vontade de dormir”.

Entre dicas de estudo, críticas a excessivas pressões que normalmente dão maus resultados e alusões ao facto de ser um bom aluno desde que começou a desenhar ondas sozinho numa folha A4, o humor de Miguel Luz revela-se em considerações ensaísticas como esta: “Normalmente as pessoas que gostam de matemática são as mesmas pessoas que não gostam de chocolate. Doentes mentais, eu sei, mas é errado discriminá-los por isso”. São recorrentes as queixas relativas ao tempo que os estudantes passam numa sala de aula e apelos a métodos alternativos de educação como visitas de estudo nas quais nunca se deve partilhar comida com os professores, nessas alturas transformados, por um processo misterioso qualquer, nuns “meninos subnutridos do continente africano”. E há sentimentos bonitos também. Uma solidariedade extrema para com os contínuos (“para mim, trabalhar como contínuo no futuro está tão fora de questão como conseguir arranjar trabalho”).

Em relação à clássica aversão de muitos estudantes por esforços desportivos na idade da borbulha, a sentença vem em modo de entrada de dicionário: “Educação física: é aquela aula que toda a gente gosta. Isto que eu acabei de escrever chama-se ‘ironia’. É uma figura de estilo que consiste em dizer o contrário do que se pensa porque eu, sinceramente, não curto nada desta aula”.

Além daquela vontade matinal persistente de se converter ao cristianismo, das actividades que desenvolve para adiar o estudo (com destaque para a observação de uma mosca durante 20 minutos) e do elenco dos objectivos de quem sai à noite, moram aqui vários tipos escolares. Como o marrão Carlos, que está à espera da professora antes de tocar a campainha. E subtipos de estudantes que participam em trabalhos de grupo. O bom aluno, o que não aparece, o Rogério. Sim, o Rogério.

No fim vem o inevitável diagnóstico cronístico dos comportamentos nas redes sociais. O exibicionismo é, pois, sintoma recorrente. E tem honras líricas. Fixem estes memoráveis versos, retirados do já canónico poema “Bem-Vindo à Internet”:

“(…) Nisto chega o Fernando
Com a sua carência abdominal
Que o faz colocar um grande plano
Da sua zona abdominal.

Eh pá, ó Fernando!
Embora sem interesse, por mim é tranquilo
Percebo que ele quisesse safar bitches com aquilo
Mas aqui vai um memorando:
Tens cotão ao pé do mamilo”.

Comovente.

Este manual de maus e divertidos costumes na escola, essa “seca que vale a pena”, estando nas livrarias há três meses, já vendeu 4000 exemplares e vai na quarta edição. Rodrigo Almeida e Sousa olha assim para o fenómeno: “Não me parece que seja muito diferente do dos livros feitos por celebridades. Os livros, hoje, são um suporte secundário, mas não deixam de ter a sua função”.

Pode ser que Miguel Luz um dia aprofunde o seu talento para registar o que muitos rapazes e raparigas sentem e intuem sem o conseguir nomear. Em todo o caso, este curso com graça em formato livro constitui, para usar uma expressão do investigador, “um objecto especial para um fã”. Não substitui os vídeos, apenas os complementa, acrescentando piadas àquelas que vinham do online. “É também um símbolo de consagração para o autor. A cultura do livro está a ser reabilitada”, lembra Rodrigo Almeida e Sousa. Ainda bem, acrescenta. “Os livros têm a sua pinta”.

Nuno Costa Santos, 41 anos, escreveu livros como “Trabalhos e Paixões de Fernando Assis Pacheco” ou o romance “Céu Nublado com Boas Abertas”. É autor de, entre outros trabalhos audiovisuais, “Ruy Belo, Era Uma Vez” e de várias peças de teatro.

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