Das 181 bandeiras colocadas no Rossio dos Olivais, em Lisboa, aquando da inauguração da Expo 98, restam 135, confirmou à agência Lusa o presidente da Junta de Freguesia do Parque das Nações. Segundo José Moreno, a estrutura foi criada para exibir as bandeiras de 146 países, dos cinco continentes, e de 14 organizações internacionais e seis nacionais participantes na Expo 98, outras nove organizações convidadas e 26 empresas.

Porém, hoje existem 46 mastros livres, constatou a agência Lusa no local. De acordo com o autarca, a situação justifica-se, por exemplo, com a atualidade geopolítica, já que alguns países deixaram de existir, como foi o caso da Jugoslávia. O presidente lembrou que o país tinha inicialmente a sua bandeira ali colocada, retirada após o seu desmembramento. A última etapa deu-se em 2008, com a independência do Kosovo.

Outros dos postes livres diziam respeito a organizações como o Instituto Camões e a associação religiosa Recolhimento Interconfessional, mas “deixou de fazer sentido” que estas entidades mantivessem a sua representação no Rossio dos Olivais, afirmou o autarca, sem justificar.

José Moreno referiu que a discussão assenta agora sobre se a junta de freguesia vai ou não manter o conceito inicial. “Ou retiramos os mastros que não utilizamos ou vamos alterar o princípio”, colocando bandeiras de outros países que “gostavam de ter ali a sua bandeira”, tal como a Moldávia, e não estiveram na inauguração daquela mostra internacional, apontou.

Caso a autarquia opte por esta última solução, necessita de ponderar “os custos e a colocação física dos postes” noutro sítio, já não é possível colocar mais mastros no local, junto ao antigo Pavilhão Atlântico. De acordo com José Moreno, a compra das bandeiras era feita pela Parque Expo (cuja extinção está prevista para este ano), passou posteriormente para a Câmara de Lisboa e está em fase de passagem para a junta do Parque das Nações.

O autarca ainda não sabe quanto poderia custar a compra de novas bandeiras, mas referiu que a junta “tem de ter meios financeiros para poder exercer” essa responsabilidade, admitindo que, “se for o caso”, esta autarquia recorrerá à Câmara de Lisboa para fazer face à despesa.

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