Carlos Costa, o governador do Banco de Portugal, terá estado em Espanha para apalpar terreno e entender se a banca daquele país estará interessada na compra do Novo Banco, avança o Cinco Dias. Esta notícia é, aliás, manchete da edição em papel do Expansión: “Portugal oferece o Espírito Santo à banca espanhola.”

O diário económico lembra as palavras de Pires de Lima, que dava conta da intenção do Executivo de vender o banco “de forma rápida”. E, para tal, o Banco de Portugal e empresários portugueses já começaram a sondar, diz o jornal, as instituições espanholas. Contudo, fontes de bancos espanhóis afirmam que essa eventual operação “está numa fase muito verde”, embora confirmem a abordagem, não só para a venda da filial espanhola como de todo o banco.

A banca espanhola espera ainda a auditoria forense por parte da PriceWaterhouse (PwC) para decidir se está, ou não, interessada em conhecer as entranhas e os contornos do banco português. Fontes do jornal afirmam que um grupo de investidores portugueses, que atua com proximidade com o BCP, colocou em cima da mesa a hipótese de ser criado o primeiro grande banco ibérico. O Sabadell poderá ser um dos parceiros, embora fontes do banco espanhol tenham afirmado que não estão a analisar “nenhuma operação” em Portugal.

De acordo com o artigo, o Banco Popular será também um potencial investidor, ao contrário do CaixaBank, Santander e BBVA, estes dois últimos os maiores bancos espanhóis. Relativamente ao BBVA, colocou à venda em maio a filial lusa.

O Expansión, outro jornal da especialidade, dá nota diferente sobre o interesse dos maiores bancos espanhóis. Explica que o Santander poderia com isso passar de terceiro a maior banco em Portugal, que o BBVA poderia ganhar escala que justificasse a sua manutenção em Portugal e até que a CaixaBank poderia, através dos 41% que detém do BPI, ter interesse na operação. Num ponto os jornais estão de acordo: a venda está numa fase “embrionária”.

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