Pires de Lima, o ministro da Economia, não se quer intrometer no processo da venda do Novo Banco, mas reconhece que quer ver isso acontecer “de forma rápida”, disse em entrevista do Diário Económico. O ministro relevou que está “moderadamente confiante” com os dados do financiamento das empresas no primeiro semestre do ano.

Um dos temas abordados na entrevista foi o desempenho dos reguladores no caso BES. “As entidades reguladoras são independentes do Governo. (…) Podem ser alvo de avaliações, de diferentes forças, inclusive partidárias. Mas o Governo, e em concreto o ministro da Economia, deve ter prudência e mostrar sentido de solidariedade com o esforço que o governador do Banco de Portugal e o Banco de Portugal” estão a fazer, explicou.

Questionado sobre se a crise no BES afetará o financiamento das empresas, Pires de Lima revelou dois desassossegos. “Um é a forma como foram desvalorizados, degradados, investimentos importantes de acionistas, tanto no BES como na PT. E temos de ver em que medida o Novo Banco, do ponto de vista operacional, está suficientemente focado na gestão para que seguros de crédito, garantias, crédito às PME, não tenham uma descontinuidade que ponha em causa a evolução de muitas empresas que vivem pendentes da capacidade que o BES tinha de financiar a economia.”

Apesar destas questões, Pires de Lima mostrou-se “moderadamente satisfeito” com os dados do financiamento às empresas portuguesas. Quanto ao Novo Banco, o ministro quer fechar o dossier o quanto antes. “Quanto mais depressa o Novo Banco encontrar a sua casa, o seu acionista, mais clara será a missão da gestão e mais bem-sucedida será esta transição”, disse.

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