Francisco Gomes da Silva, o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, apresentou a demissão esta quinta-feira. O secretário de Estado alega motivos pessoais e o timing da saída já estava acordado com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. Só poderia ocorrer depois do período de fogos florestais.

O governante não será substituído. As suas competências serão divididas entre Assunção Cristas, ministra da Agricultura e do Mar, e o secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito. Pedro Passos Coelho não terá autorizado mais mexidas no Governo.

“Por motivos de ordem estritamente pessoal, solicitei à senhora Ministra da Agricultura e do Mar a exoneração das funções de Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural. Gostaria, neste momento, de agradecer reconhecidamente à senhora Ministra a confiança em mim depositada, e manifestar publicamente a honra que constituiu para mim trabalhar empenhadamente no XIX Governo Constitucional”, declara Francisco Gomes da Silva numa nota enviada às redações.

Na hora do adeus, Assunção Cristas teceu palavras elogiosas sobre o trabalho do ex-secretário de Estado. “Ao longo deste período de colaboração intensa posso destacar a enorme qualidade profissional e a excelência do trabalho do professor Francisco Gomes da Silva. A área das Florestas e o Desenvolvimento Rural são áreas fundamentais para o nosso país e continuarão certamente a estar na linha da frente do ministério por mim dirigido.”

A informação foi divulgada pelo site da Presidência da República, após a audiência semanal entre Pedro Passos Coelho e Cavaco Silva nesta tarde de quinta-feira. O comunicado confirmava a exoneração: “Nos termos do artigo 133.º, alínea h), da Constituição, o Presidente da República exonerou, a seu pedido e sob proposta do Primeiro-Ministro, o Prof. Doutor Francisco Ramos Lopes Gomes da Silva do cargo de secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural.”

Francisco Gomes da Silva, doutorado em Agronomia pelo Instituto Superior de Agronomia, entidade onde leciona desde julho de 1987, é independente e foi indicado pelo CDS para substituir Daniel Campelo no cargo a 1 de fevereiro de 2013.

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