Está feito. Já se saberá com certeza como foram divididos os ativos do BES e qual é a liquidez (dinheiro) disponível. Por outras palavras, o orçamento ‘base zero’ do Novo Banco está terminado e, portanto, já existe um documento de arranque — com números e contas revistas — que permita negociar com potenciais compradores o processo de venda da instituição que, recorde-se, foi criada a 4 de agosto a partir da queda do Banco Espírito Santos (BES).

O resultado do balanço, avançou o Diário Económico, poderá nunca vir a ser tornado público. O jornal, porém, escreve que o documento terá concluído que não existe a necessidade de injetar mais capital no Novo Banco, para lá dos 4,9 mil milhões de euros assegurados pelo Fundo de Resolução.

Em suma, feito o balanço ‘base zero’, já se saberá quais os ativos que acabaram por ficar no Novo Banco e os que permaneceram no ‘bad bank’, considerados de difícil cobrança. À elaboração deste orçamento, contudo, ainda terá de acrescer a auditoria interna que a PricewaterhouseCoopers (PwC) está a realizar desde o início de setembro. Dia 14, recorde-se, Eduardo Stock da Cunha substituiu Vítor Bento na presidência do Novo Banco.

E o líder da instituição, escreve o Diário Económico, quererá acelerar o processo de venda do banco sem esperar pelas conclusões dos auditores — isto porque as contas e números do Novo Banco deverão sempre ser analisadas por qualquer investidor que adquira a instituição.

Esta semana, recorde-se, António Pires de Lima, ministro da Economia, disse esperar que a venda do banco seja efetuada “num prazo razoável”, que estipulou como “durante 2015”. Na terça-feira, aliás, a imprensa espanhola noticiou que Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, estaria em Espanha à procura de interessados em investir no Novo Banco.

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