O presidente da União de freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, uma das áreas mais afetadas pelo surto de Legionella, apelou neste domingo à calma e assegurou que “estão a ser feitas todas as diligências”. “Não vale a pena entrar em pânico. Temos acompanhado a situação com preocupação e expetativa, mas tomamos todas as diligências que nos competia para averiguar a origem desta bactéria”, afirmou à agência Lusa Jorge Ribeiro (PS).

A bactéria Legionella desenvolve-se em meio aquático e a infeção ocorre por inalação de gotículas contaminadas, não pela ingestão de água, causando pneumonias, com febre alta, arrepios, dores de cabeça e musculares como sintomas. No entanto, o autarca admitiu que perante uma “situação desta gravidade é impossível as pessoas não estarem preocupadas” e referiu que desde que começou o surto tem sido “muito contactado” pela população. “O telefone não para de tocar. Temos também utilizado a nossa página do facebook para colocar todos os comunicados que nos chegam e para que a população seja o mais informada possível”, apontou.

A quase totalidade dos casos detetados de Legionella está concentrada na área de Vila Franca de Xira, nomeadamente nas localidades de Vialonga, Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa. Dos 90 casos detetados, 59 estão internados no Hospital de Vila Franca de Xira e os restantes estão espalhados por todos os hospitais da Grande Lisboa, como o Centro Hospitalar de Lisboa Norte, o hospital de Amadora-Sintra, o hospital das Descobertas e o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures.

Do surto já resultou um morto, um homem de 59 anos, fumador, que tinha antecedentes de problemas respiratórios.

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